Produtores de MS tiveram R$ 14 bilhões em crédito rural no 2º semestre de 2023
Segundo a Famasul, montante é 10% maior que valor contratado no mesmo período de 2022
Os produtores rurais de Mato Grosso do Sul utilizaram R$ 14 bilhões entre julho e dezembro de 2023, por meio do crédito rural do Plano Safra 2023/24. O montante é 10% maior que o valor contratado na safra anterior. De acordo com levantamento realizado pelo Departamento Técnico da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), nesta segunda-feira (15), no segundo semestre do ano passado foram assinados 22,3 mil contratos de crédito. Do montante total, a maior parte foi para produção agrícola, com 72,5% do crédito contratado. Em segundo lugar ficou a pecuária, com 27,4%.
Os números foram repassados na manhã desta segunda-feira, 15, pela Famasul através de nota distribuída à imprensa.
“A maior parte do crédito rural acessado foi para custeio, cerca de 72,1%. Em seguida vem 15% para investimentos, 10% para comercialização e 2% para industrialização. Isso mostra que o produtor rural do Estado está buscando crédito para evoluir sua produção de forma constante”, analisa o economista Jean Américo, do Departamento Técnico da Famasul.
Dos 22,3 mil contratos firmados nos últimos seis meses do ano passado, 3,8 mil foram de produtores do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) com acesso a R$ 217,8 milhões. Outros 5,5 mil contratos foram acessados por meio do Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural) com R$ 1,8 bilhão.
BNDES tem mais R$ 3 bilhões
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) disponibilizou para todo o Brasil na quarta-feira, 10, mais R$ 3 bilhões para operações de crédito no âmbito de programas do Plano Safra 2023-2024. Com a medida, o total de recursos ainda disponível nos diferentes PAGF (Programas Agropecuários do Governo Federal) a serem repassados pelo Banco é de R$ 8,5 bilhões, com prazo de utilização até junho de 2024.
Os recursos do Plano Safra podem ser utilizados para custeio – aquelas despesas normais co ciclo produtivo das lavouras periódicas – e investimento em diversas finalidades, incluindo ampliação da produção, aquisição de máquinas e equipamentos, armazenagem e inovação.