ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
JULHO, QUARTA  17    CAMPO GRANDE 24º

Lado Rural

Suplementação do rebanho na recria promove aumento da produtividade nas fazendas

Um dos desafios da recria é o período sem chuvas constantes nas fazendas, o que reduz a qualidade dos pastos

José Roberto dos Santos | 28/07/2023 14:00
Rebanho bovino em fase de recria recebe suplementação mineral no cocho. (Foto: Divulgação)
Rebanho bovino em fase de recria recebe suplementação mineral no cocho. (Foto: Divulgação)

Quando o assunto é recria, a gestão eficiente de uma propriedade pecuária é uma importante ferramenta do pecuarista para garantir o sucesso dessa etapa do processo produtivo. Ela tem início a partir do desmame e duração média de 12 meses. A nutrição é um dos pilares para o desenvolvimento dos animais, a formação de sua estrutura e a redução do tempo de recria, e a suplementação é um diferencial para o êxito dessa atividade.

Em Mato Grosso do Sul a produção de animais de reposição constitui importante segmento da pecuária, com destaque para o Pantanal. As oportunidades de negócios envolvendo animais para reposição em Mato Grosso do Sul mobilizam compradores e vendedores e o Cepea (Centro de Estudos em Economia Aplicada) tem no Estado uma referência de mercado ao traçar parâmetros para o preço do bezerro, principalmente.

A produção de bovinos em regime de pastagem tem papel considerável na atividade por ser de menor custo em relação a outras formas de produzir os animais. Diante disso, entender sobre o crescimento do gado, a caracterização da pastagem e alternativas para aproveitar o máximo potencial dos pastos para animais de recria são fatores essenciais para alcance de maior produtividade.

Suplementar bovinos em pastagem na recria é uma das formas mais práticas e efetivas de alterar a curva de crescimento deles, principalmente em situações em que o pasto não apresenta boa qualidade. Além do objetivo de elevação no ganho médio diário, a suplementação pode ser usada de forma estratégica para aumentar a capacidade de suporte das pastagens, contribuir para fornecimento de aditivos melhoradores de desempenho e auxiliar no manejo de pastagem.

“O aumento no ganho de peso dos animais pode proporcionar que bovinos nascidos na época de parição (agosto, setembro e outubro) de matrizes que permaneceram em estação de monta serão abatidos antes da segunda seca na propriedade, o que é vantajoso para o negócio do pecuarista”, detalha a responsável técnica da empresa Minerthal, Letícia de Souza Santos.

Seca: o obstáculo da recria

Um dos desafios da recria é justamente o período sem chuvas constantes nas fazendas, o que reduz a qualidade do pasto disponível para o rebanho. Como o desmame geralmente coincide com o início da época seca do ano, o começo da recria já se apresenta com um desafio alimentar.

A base da suplementação é compreender que o objetivo dela é otimizar a fermentação ruminal, consequentemente aumentando a digestibilidade da fibra para obtenção de energia para o ruminante, e melhorar a eficiência de síntese microbiana que será utilizada pelo bovino.

“A suplementação durante o período seco do ano vem para complementar a qualidade da forragem, fornecendo os nutrientes não disponibilizados por ela. Isso promove o crescimento de microrganismos no rúmen, elevando a digestibilidade do pasto de baixa qualidade, o consumo de matéria seca e a energia digestível”, aponta Letícia.

Suplementos proteicos, energéticos ou proteico-energéticos são indicados nesse tipo de situação, segundo a profissional. “Por meio da suplementação da dieta, garantimos o melhor funcionamento do organismo do animal e o melhor aproveitamento dos nutrientes, sejam eles ingeridos via pastagem ou suplemento. Dessa forma, criam-se as condições ideais para a manutenção da reserva de energia dos animais e o ganho de peso adequado”.

Nos siga no Google Notícias