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Meio Ambiente

Cinco tamanduás morreram contaminados por agrotóxico em 1 mês

Estes animais foram encontrados mortos em Aquidauana e Bonito

Por Izabela Cavalcanti | 06/02/2025 11:08
Cinco tamanduás morreram contaminados por agrotóxico em 1 mês
Tamanduá monitorado pelo Instituto de Pesquisa e Conservação de Tamanduás no Brasil (Foto: Instituto Tamanduá)

O Instituto de Pesquisa e Conservação de Tamanduás no Brasil identificou cinco tamanduás-bandeiras mortos por agrotóxicos, neste ano, em Mato Grosso do Sul.

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Cinco tamanduás-bandeiras morreram em Mato Grosso do Sul este ano devido à contaminação por agrotóxicos, segundo o Instituto de Pesquisa e Conservação de Tamanduás no Brasil. O estudo "Órfãos do Fogo" revelou que, além dos tamanduás, outras espécies como onças e araras também foram afetadas. A contaminação por agrotóxicos, invisível a olho nu, está aumentando, ameaçando a fauna do Pantanal, importante para o ecoturismo. O instituto monitora tamanduás com colares de GPS para identificar mortes e atua em biomas como Pantanal e Amazônia desde 2005.

A informação faz parte do estudo “Órfãos do Fogo”, iniciado em 2019, com o objetivo de reabilitar e devolver para a natureza filhotes órfãos de tamanduá-bandeira.

Estes animais foram encontrados em Aquidauana e Bonito em janeiro, área de atuação da instituição, mas, agora, o levantamento foi estendido para todo o Estado. A expectativa é de que o relatório seja finalizado esse semestre.

De acordo com a médica veterinária e presidente do instituto, Flávia Miranda, além dos tamanduás, também há relato de mortes de onças, arara, ariranha e anta, pelo mesmo problema.

“É importante dizer que esse mal já acontece nos últimos anos, e agora vem aumentando. Contamina de uma forma que a gente não consegue ver, agrotóxico é considerado um mal que a gente não enxerga Importante frisar que outras espécies estão sendo acometidas, o Pantanal não é nada contra o agro, o pantanal é simbólico para o ecoturismo, então, temos que preservar essa fauna, porque ela também gera bons frutos”, pontuou.

Já os tamanduás monitorados pelo instituto recebem um colete para serem monitorados, o que facilitou a identificação da morte.

“Nós pegamos o tamanduá, cuidamos do filhote por quase um ano e meio, depois libera, e conseguimos monitorar por dois anos, colocamos um colete com GPS. As mortes ocorreram por agrotóxico, inseticidas nas regiões que eles habitam, seja pastagem, área natural, acontece que o agrotóxico está contaminando nosso ambiente”, disse.

O instituto surgiu em 2005, e realiza pesquisa com espécies de tamanduás nos biomas Pantanal, Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica, e em cativeiro, nas áreas de biologia, ecologia, sistemática, medicina de conservação, genética e educação ambiental.

Conforme informações do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), para obter o registro no Brasil, o produto agrotóxico é submetido à avaliação de três órgãos do Governo Federal: O próprio Mapa; o Ibama (Ministério do Meio Ambiente, representado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis); e pela Anvisa (Ministério da Saúde, representado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

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