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Meio Ambiente

Deputada exibe cinzas do Pantanal em sessão do Parlamento Europeu

"O que a Comissão [Europeia] vai fazer para proteger [biomas]?", questionou Anja Hazekamp, em Estrasburgo

Por Silvia Frias | 11/10/2024 10:26
Deputada Anja Hazekamp durante sessão plenária no Parlamento Europeu e as cinzas do Pantanal (Foto/Reprodução)
Deputada Anja Hazekamp durante sessão plenária no Parlamento Europeu e as cinzas do Pantanal (Foto/Reprodução)

Cinzas de incêndios que devastaram o Pantanal neste ano foram exibidas no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, na França, na quinta-feira (10), durante sessão plenária que discutiu os impactos devastadores dos incêndios da Amazônia no clima. Os resíduos haviam sido entregues pela EJF (Environmental Justice Foundation) aos líderes europeus no mês passado.

Dados da Lasa/UFRJ (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais/Universidade Federal do Rio de Janeiro), apresentados pelo governo de Mato Grosso do Sul, ontem, indicam que o fogo consumiu 2.346.775 hectares, aumento de 1.630,3% do bioma em MT e MS.

A terra indígena Kadiwéu, a maior fora da Amazônia, e a terra indígena Perigara, em Barão de Melgaço (MT) tiveram, respectivamente, 62,8% e 75,4% de sua área devastada pelo fogo.

“A cinza que tenho aqui vem do Pantanal [...] A Europa também tem isso em sua consciência. O que a Comissão [Europeia] vai fazer para proteger não apenas a Amazônia, mas também o Pantanal e o Cerrado?", disse durante a sessão a eurodeputada Anja Hazekamp, que exibiu as cinzas durante a sua fala.

As cinzas foram entregues à parlamentar pela defensora da Biodiversidade e do Clima na EJF, Luciana Leite, que esteve em Bruxelas para chamar atenção da comunidade internacional para a situação dos ecossistemas úmidos.

“O Pantanal é a maior área úmida tropical do mundo, e sua contribuição para a regulação climática beneficia a humanidade como um todo. Comprometer-se com a sua preservação apenas fortalece o compromisso urgente que devemos ter com o enfrentamento às mudanças no clima no mundo, mas também com a sobrevivência das comunidades e povos tradicionais e indígenas que vivem nesse ecossistema único”.

A EJF trabalha internacionalmente para informar políticas e impulsionar reformas sistêmicas na proteção do meio ambiente.

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