Desaparecida há 3 dias, onça Joujou é rastreada na Serra do Amolar
Preocupação é que animal tivesse sido abatido; PF e PMA investigam a morte de onça encontrada no Pantanal
Equipes da PMA (Polícia Militar Ambiental) e da PF (Polícia Federal) já estão na região da RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) Acurizal, na Serra do Amolar. Eles seguem de barco até o local onde foi encontrada ontem a carcaça de onça fêmea adulta, com sinal de perfuração, o que levantou suspeita sobre ação de caçadores. A equipe procurava outro animal, a onça macho Joujou, mas ela foi rastreada viva.
O grupo saiu de Corumbá, a 424 quilômetros de Campo Grande de avião e ainda segue por barco até a RPPN Penha, onde a carcaça foi encontrada pela equipe do IHP (Instituto Homem Pantaneiro), gestor da área. Esse trajeto deve durar cerca de 40 minutos.
O presidente do IHP, coronel Ângelo Rabelo, confirmou a boa notícia de que ontem a equipe localizou a onça Joujou, por meio de sinais dos satélites. O animal é monitorado e estava há 3 dias sem aparecer nos radares de monitoramento. A preocupação havia aumentado depois que a equipe do IHP encontrou a carcaça da outra onça.
Os sinais de Joujou foram captados na outra margem do rio, mais afastado de onde o outro animal foi encontrado.
Joujou foi resgatada no ano passado, com severas queimaduras nas patas, decorrentes dos incêndios no Pantanal. Depois dois meses de tratamento intensivo no Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), foi devolvida à natureza no dia 21 de janeiro deste ano.
A onça é monitorada por uma coleira que a cada hora emite um sinal, capturado pelo satélite e retransmitido ao software de monitoramento, que é feito por GPS e sinal VHF.
As informações colhidas do GPS vão mostrar o que o animal fez no dia anterior, e que o sinal (VHF) emite a sua localização e distância em tempo real, possibilitando 24 informações diárias.
Investigação - A carcaça apresenta sinal de perfuração que pode ser evidência de que o animal tenha sido abatido a tiros. O tenente-coronel a PMA, Edmilson Queiroz explica que o militar foi enviado para apoiar a equipe da PF, para averiguar se há algum sinal de crime flagrante.
Somente nessa apuração é que será definida a necessidade de transportar a carcaça para perícia.