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Meio Ambiente

Em 37 anos, pasto quadruplicou no Pantanal e superfície de água reduziu 6 vezes

Entre 1985 e 2021, área de pastagem foi de 4% para 17%, enquanto superfície de água caiu de 18% para 3%

Guilherme Correia | 26/08/2022 14:03
Incêndio sendo combatido por bombeiros no município de Corumbá. (Foto: Corpo de Bombeiros Militar)
Incêndio sendo combatido por bombeiros no município de Corumbá. (Foto: Corpo de Bombeiros Militar)

De acordo com dados do Mapbiomas, o Pantanal teve pequeno ganho (2,3%) de vegetação nativa, nos últimos 37 anos, mas o aumento é resultado da perda da superfície de água. Isto porque a área alagada representava 18% do território pantaneiro, presente em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, e passou a ser apenas 3%.

No mesmo período, conforme a pesquisa, a área de pastagem foi de 4% para 17%. O Estado como um todo perdeu 15% da área de vegetação nativa, entre 1985 e 2021. No primeiro ano analisado, havia 56% de área nativa e 44% de área antrópica. Em 2021, a área verde passou para 41% e a antrópica 37%.

Segundo o órgão, a área ocupada por agropecuária cresceu de 21% para 31% em todo País, com destaque para o crescimento de 228% das áreas de agricultura e que agora representam 7,4% do território nacional.

Ainda em nível nacional, outra tendência constatada foi a redução da superfície de água - nos últimos 30 anos (1991 a 2021), houve uma perda de 17,1%. O fenômeno ocorre especialmente no Pantanal, que é fortemente influenciado, por exemplo, pela variação da umidade gerada na evapotranspiração das árvores da Amazônia.

“Esta tendência de rápidas transformações representa grandes desafios para que o país possa se desenvolver e ocupar o território com sustentabilidade e prosperidade ”, explica Tasso Azevedo, coordenador do MapBiomas. “A ocupação do solo e a produção rural precisam ser compatibilizadas com a conservação dos biomas ”, completa.

Incêndios - Vale ressaltar que parte da destruição ambiental é provocada por incêndios, muitos deles criminosos. As ocorrências são mais frequentes no segundo semestre, por conta do tempo seco. Até agosto, este ano registra menor parcial desde 2018, segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

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