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Meio Ambiente

Em 9 meses, prefeitura aumenta em 11 vezes o volume de resíduos coletados

Volume saiu de 4,6 mil toneladas para cerca de 55 mil após implementação de controle do transporte por caçambas

Humberto Marques | 26/09/2019 14:28
Sistema gerenciado pela Semadur e Agetran permite acompanhar destinação das caçambas. (Foto: Arquivo)
Sistema gerenciado pela Semadur e Agetran permite acompanhar destinação das caçambas. (Foto: Arquivo)

A adoção de um controle mais rigoroso da coleta de entulhos e resíduos por parte da Prefeitura de Campo Grande elevou em mais de 11 vezes o volume de materiais coletados desde janeiro deste ano, quando o volume de materiais recolhidos era de 4,6 mil toneladas. Nesta quinta-feira (26), o Paço Municipal informou eu o total recolhido já equivale a 55 mil toneladas.

O Sistema de Controle de Transporte de Resíduo Eletrônico, lançado pela Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana) em parceria com a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) resultou em um melhor controle das caçambas e receptáculos usados por setores como a construção civil, alterando a destinação de lixos dos geradores.

Pelo sistema de CTRs, as empresas têm as caçambas cadastradas e monitoradas eletronicamente, com a Semadur controlando desde o pedido e tempo de uso até o volume a ser despejado no aterro. Cabe à Agetran fiscalizar o transporte e o descarte final.

A prefeitura também fechou acordo para comprar resíduos e reutilizar o material da construção civil triturado, aplicado, por exemplo, nos reparos de estradas vicinais em substituição ao cascalho.

Em menos de um ano, o número de emissões dos CTRs (controles de transporte de resíduos) mais que dobrou: em janeiro, foram emitidos 1.356 documentos, resultando em 3.337 metros cúbicos de resíduos da construção (equivalentes a 4.672 toneladas). Em fevereiro, já com o sistema em vigor, o número chegou a 4.447 CTRs e 14.432 metros cúbicos gerados –aumento de 328%.

Conforme a Prefeitura da Capital, atualmente, são cerca de 10 mil CTRs, gerando 40 mil metros cúbicos de resíduos ou cerca de 55 mil toneladas.

Mapeamento – “Antes, nós não tínhamos a dimensão de quanto resíduo estava sendo gerado. Não havia um controle real disso. Agora temos um volume que estamos gestionando, sabemos o que está sendo descartado, onde está sendo descartado, quem está descartando e descartando pra onde”, afirmou o prefeito Marquinhos Trad (PSD).

A gestão da Capital avalia que a medida mostra que a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que trata da responsabilidade da destinação dos materiais, é compartilhada pelos geradores –desde os cidadãos a empresas.

“No caso do lixo doméstico, a prefeitura, através da concessão de serviços públicos, gere esse lixo dando a destinação correta às UTRs (Usinas de Triagem de Resíduos), onde é levado o lixo reciclado; e ao aterro sanitário, onde é levado tudo que não há como ser aproveitado”, explica Luís Eduardo Costa, titular da Semadur. Os resíduos da construção, por sua vez, vão para aterros credenciados, dando lugar aos lixões criados com o descarte irregular de caçambas.

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