Família de maritacas aparece em casa, mas ordem é manter distância
Como a cidade tem aves por todo o canto, PMA lembra que é crime colocar na gaiola ou cortar as asas
De repente, na varanda de casa, o barulho nervoso quebra a rotina. Um grupo de maritacas surgiu no telhado e por ali ficou durante horas. A visita verde ao prédio do Campo Grande News, deixou a equipe encantada, mas também sem saber o que fazer para evitar o estresse da nova família da equipe.
De saída, está descartada a ação muito comum nesses casos, principalmente, em casas com crianças. Pegar a ave e manter em casa como fosse de estimação é a pior coisa a se fazer, lembra o tenente coronel Edmilson Queiroz, da PMA (Polícia Militar Ambiental de Mato Grosso do Sul).
Ele explica que o melhor a se fazer para que essa convivência continue sendo harmônica, é manter a distância. “O ideal, ao ver um animal silvestre, é não se aproximar, não deixar que crianças se aproximem, pensando na integridade desses animais”.
Exceto os casos com autorização e regulamentação prévia do IBAMA, tentar manter um animal silvestre como bichinho de estimação pode dar multa pesada. “Isso caracteriza crime", reforça o oficial.
Tanto manter em cativeiro, quanto retirá-lo do seu ambiente natural pode render pena de seis meses a um ano e até um ano e meio. Caso o animal esteja na lista de ameaçados de extinção, a multa é de R$ 500 por animal, ou R$ 5 mil, caso o animal conste na lista de extinção ou na CITES (Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção).
"Então, por exemplo, alguém pego com papagaios, além da pena de seis meses a um ano, por não ser um animal que corre risco de extinção, mas consta na CITES, a multa será de R$ 5 mil reais por papagaio”, explica a PMA.