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Meio Ambiente

Fazendeiro é multado em R$ 160 mil por degradar Rio Anhumas, em Bonito

Intervenções foram feitas sem autorização ambiental em região famosa por belezas naturais e turismo ecológico

Liana Feitosa | 24/06/2022 16:38
Produtor rural ergueu barragem de concreto ilegalmente para captação de água. (Foto: PMA/Divulgação)
Produtor rural ergueu barragem de concreto ilegalmente para captação de água. (Foto: PMA/Divulgação)

A degradação de uma protegida de matas ciliares, assim como intervenções ilegais no Rio Anhumas, em Bonito, cidade a 297 quilômetros de Campo Grande, rendeu autuação e multa de R$ 160 mil, aplicada pela PMA (Polícia Militar Ambiental), a produtor rural de Cotia, interior de São Paulo. As ações eram executadas sem autorização ambiental em região famosa pelas belezas naturais e o turismo ecológico.

O homem, de 52 anos, proprietário de fazenda localizada na rodovia MS-339, conhecida como Rodovia Pantaneira, que fica a 13 km da cidade,  mantinha o gado com acesso à área protegida de matas ciliares, uma APP (Área Protegida de Preservação Permanente), afetando um total de 6 hectares.

O gado acabava pisoteando o local, provocando carreamento de sedimentos ao leito do curso d’água e, consequentemente, seu assoreamento. Além disso, ainda segundo a PMA, o proprietário rural construiu estruturas de barragens com bolsas de areia e estacas de madeiras no leito do rio, e também ergueu uma barragem de concreto com tubulação para captação de água, de maneira irregular, para o abastecimento de uma lagoa de lazer.

Margem de rio pisoteada por gado, causando degradação ambiental. (Foto: PMA / Divulgação)
Margem de rio pisoteada por gado, causando degradação ambiental. (Foto: PMA / Divulgação)

O homem escavou uma valeta, a partir do barramento do rio, com uma abertura no barranco com o objetivo de verter água para servir de bebedouro para o gado. O infrator foi notificado, devendo remover os bovinos da área protegida e recuperar a área degradada. Ele também responderá por crime ambiental de degradação de áreas protegidas por lei, com pena prevista de um a três anos de detenção.

Imagem aérea mostra degradação de vegetação ciliar do Rio Anhumas. (Foto: PMA/Divulgação)
Imagem aérea mostra degradação de vegetação ciliar do Rio Anhumas. (Foto: PMA/Divulgação)


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