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Meio Ambiente

Fazendeiro paulista é multado em R$ 278 mil após desmatar 258 hectares

Além do desmatamento a Polícia Militar Ambiental afirma que ele retirou diversas espécies de árvores para exploração ilegal de madeira

Izabela Sanchez | 24/07/2018 17:36
Além de desmatar 258 hectares, proprietário explorou madeira de forma ilegal (Divulgação/PMA)
Além de desmatar 258 hectares, proprietário explorou madeira de forma ilegal (Divulgação/PMA)

Um fazendeiro paulista, 56, que vive em Araçatuba, dono de uma propriedade de 12 mil hectares em Mato Grosso do Sul, foi multado em R$ 278 mil pela PMA (Polícia Militar Ambiental). Ele desmatou 258 hectares de vegetação, explorou madeira de forma ilegal e deixou o terreno com erosões.

Ele foi flagrado durante fiscalização na segunda-feira (23), dos policiais em Ribas do Rio Pardo, a 103 km de Campo Grande, onde a propriedade rural é localizada. Segundo a PMA ele desmatou vegetação do cerrado sem a devida autorização.

A vistoria foi acompanhada pelo administrador da fazenda. O administrador alegou que estavam realizando a limpeza de pastagem. A PMA enfatiza, ainda assim, que esse tipo de atividade não permite o desmatamento de árvores de grande porte. A autorização ocorre mediante AAE (Autorização Ambiental Eletrônica).

A licença de limpeza de pastagem, conforme a PMA, só permite a derrubada de arbustos, com diâmetro abaixo de 32 centímetros na altura do peito, com uso de roçadeiras ou foices. Essas licenças são retirada no site do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul).

Os policiais também encontraram, em outra área, a derrubada de diversas árvores de grande porte. As árvores serviam para a exploração da madeira, transformada em estacas, postes e mourões para cercas. Parte delas já estava instalada em cercas na fazenda.

Correntão – Na fazenda foram encontrados dois tratores com um correntão de 36 metros que realizavam o desmatamento ilegal. Uma área de 258 hectares já havia sido retirada.

A falta de cuidado com a propriedade, explica a PMA, resultou em diversos processos erosivos Ele foi notificado a apresentar um PRADA (Plano de Recuperação da Área Degradada e Alterada) junto ao órgão ambiental estadual.

O fazendeiro também responderá por crime ambiental, que prevê pena de seis meses a um a ano de detenção. A madeira e os tratores foram apreendidos. As atividades foram interditadas.

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