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Meio Ambiente

Figueira centenária vira adubo e para o trânsito da Avenida Afonso Pena

Trabalhadores começaram a retirar árvore nas primeiras horas deste domingo com auxílio de máquinas

Gabriela Couto e Bruna Marques | 10/04/2022 07:56



Aos poucos cada galho da imensa figueira centenária da Avenida Afonso Pena vai se transformando em pó que será transformado em adubo. A remoção começou nas primeiras horas deste domingo (10) e já interditava um dos lados da principal via da Capital, no sentido centro-bairro.

Enorme figueira centenária sendo removida na manhã deste domingo. (Foto: Marcos Maluf)
Enorme figueira centenária sendo removida na manhã deste domingo. (Foto: Marcos Maluf)

Os motoristas já encontram o bloqueio da avenida no cruzamento com a rua Pedro Celestino. Nas próximas horas toda a quadra deverá ficar fechada, obrigando quem trafega pela avenida a criar rotas alternativas.

No local, trabalhadores da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana) pegam galhos menores e jogam em um triturador. Os troncos maiores são içados por uma máquina e colocados na caçamba de um caminhão. Eles serão guardados em um depósito e ofertados a Sectur (Secretaria Municipal de Cultura e Turismo).

Galhos menores são triturados em máquina e viram pó. (Foto: Marcos Maluf)
Galhos menores são triturados em máquina e viram pó. (Foto: Marcos Maluf)

A árvore teve que ser retirada após um parecer técnico que constatou as péssimas condições da figueira. Ela será substituída por uma muda originada da própria espécie. A ‘filha’ da centenária é fruto de sementes das árvores plantadas nas avenidas Afonso Pena e Mato Grosso.

Ao lado da figueira retirada, já existe uma árvore da mesma espécie de 4 metros de altura. Mas a Prefeitura ainda vai manejar o solo do local e plantar uma nova muda nesta semana.

Vale destacar que as figueiras centenárias, tombadas como patrimônio da Capital em 2019, passam por vistoria para verificar a saúde periodicamente. Atualmente, são 22 figueiras na Afonso Pena e 17 na Mato Grosso, a diferença é que as da Afonso Pena são da década de 20 e da Mato Grosso da década de 30.

Galhos maiores são erguidos e colocados em um caminhão. (Foto: Marcos Maluf)
Galhos maiores são erguidos e colocados em um caminhão. (Foto: Marcos Maluf)

Essa é o segundo exemplar removido. Em 2020, uma árvore “vizinha” precisou ser removida pelos mesmos motivos. Perícias são feitas nas árvores frequentemente desde 2017, por meio de Tomografia Arbórea, onde são acoplados receptores na circunferência do tronco para captação de ondas de ultrassom, ou seja, quanto maior a qualidade da madeira, as ondas se propagam mais rápido, caso contrário, não há vitalidade. Na árvore removida hoje, foram apenas 10 pontos.

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