Fogo atravessa o Rio Correntes, chega a MS e atinge fazenda de Sonora
Aviões alugados pela usina estão sendo usados no combate
O incêndio, de grande proporção que consumia um canavial do lado mato-grossense da Usina Sonora, atravessou o Rio Correntes, que divide os Estados, e atingiu uma propriedade rural do lado sul-mato-grossense. Funcionários da Fazenda Cambaúva confirmaram que as chamas “chegaram” após o almoço, nesta quinta-feira (22).
Adelino Lopes é um dos brigadistas da Usina Sonora que atuava no município de Itiquira (MT), divisa com Sonora, e disse que o vento estava muito forte e com chamas muito altas. “O vento está incontrolável, eu não duvido que rapidamente as chamas cheguem ao outro lado, porque estava muito às margens do rio”, relatou ao Campo Grande News.
E, realmente, o fogo chegou e se alastrou por cerca de 10 km da fazenda. Um funcionário atendeu a reportagem e relatou que desde às 13h as equipes trabalham para conter as chamas.
“Nós temos lavoura e pasto para gado. Tem muitas pessoas aqui tentando controlar as chamas, muitos caminhões-pipa e tratores. A Usina Sonora alugou aviões que também estão jogando água”, contou o trabalhador por telefone e se identificou como José.
O trânsito na região é lento, pois a fumaça chega na BR-163. É importante destacar que há um grande fluxo de trabalhadores de um Estado para outro, além dos sonorenses que costumam percorrer o trecho até Rondonópolis (MT), cidade depois de Itiquira, para estudar ou fazer exames mais complexos.
Fatalidade - O brigadista da usina Paulo Henrique Pereira Souza, de 19 anos, morreu durante o combate ao incêndio no canavial da empresa, na manhã desta quinta-feira (22). Por meio de nota, a Usina Sonora emitiu esclarecimento contando que, apesar dos esforços empreendidos pela equipe de brigadistas da empresa para conter as chamas, que tiveram início fora da área pertencente à usina, acabaram se alastrando e atingiram a plantação de cana-de-açúcar.
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