Iniciativa é boa para melhorar situação, diz veterinário sobre Estrada Viva
No ano passado, 129 animais silvestres foram atropeladas em rodovias estaduais e federais
Após encerrar o ano com 129 animais silvestres atropelados nas rodovias, o governo de Mato Grosso do Sul implantou em dezembro o programa Estrada Viva. A iniciativa é bem-vista por autoridades e especialistas.
“Todo estudo que prevê ações na prática terá resultados positivos, para assim diminuir os atropelamentos de animais silvestres. Esta iniciativa é um bom começo para melhorar esta situação”, pontuou Lucas Cazati, veterinário responsável técnico do Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres).
Entre as medidas do programas, está o monitoramento das rodovias MS-040, MS-178, MS-382 e BR-359, para identificar os principais pontos de passagem dos animais e assim propor medidas preventivas e de mitigação dos incidentes.
Outra ação foi a criação do Manual de Orientações Técnicas, que será utilizado na execução de novos projetos viários em Mato Grosso do Sul. As estradas e rodovias que serão pavimentadas no Estado terão que dispor em seus projetos executivos de ferramentas que permitam a redução de atropelamentos de animais.
“É um manual para orientar engenheiros e projetistas na hora da execução dos projetos das estradas. É um mapa que vai nortear todas as obras viárias que estamos fazendo. Essas obras terão que ter pontos identificados para evitar morte de animais e também de pessoas, evitando graves acidentes”, descreveu o governador Reinaldo Azambuja (PSDB).
Dos 129 animais silvestres resgatados, vítimas de atropelamento, 79 foram em rodovias estaduais e federais e 54 no perímetro dos centros urbanos das cidades. A maioria dos animais foi encaminhado para o devido tratamento no Cras, em Campo Grande.
O tenente-coronel da PMA (Polícia Militar Ambiental), Ednílson Queiroz, destacou que o Estrada Viva e o novo manual são medidas importantes para reduzir o número de acidentes envolvendo os animais silvestres nas estradas e rodovias do Estado.
“Vai ajudar bastante, principalmente em função da educação, informação, medidas de prevenção e sinalização adequada, nos principais pontos de passagens de animais. Tudo que puder contribuir para diminuir os acidentes é muito válido”, avalia.
Queiroz também citou que o condutor do veículo pode ajudar em caso de acidentes com animais. “A orientação é para o motorista parar em um local seguro e levar o animal ferido até o órgão público mais próximo. Se o animal estiver morto, ele deve retirá-lo da pista, para evitar novos acidentes com quem vai passar por este trecho”, finalizou.