Por ano, duas onças morrem na BR-262 em Corumbá e entidade pede controle
Hoje, um novo animal entrou na estatística; ele estava estirado, às margens da rodovia
Ao menos duas onças morrem atropeladas na BR-262, em Corumbá, por ano, segundo cálculos do IHP (Instituto Homem Pantaneiro). A entidade mantém o Programa Felinos Pantaneiros desde 2016 e de lá para cá, 14 animais da espécie foram encontradas mortas na rodovia, já contabilizando a de hoje.
Por ser rodovia federal, as ações para prevenção e mitigação de atropelamento de animais deve ser feito em parceria com o Governo Federal, mas conforme o presidente do IHP, Ângelo Rabelo, nenhuma medida é adotada efetivamente. Ele pede urgência para que algo seja feito.
Para se ter uma ideia, o número de atropelamentos – seja de onças ou outros animais – deve aumentar na rodovia, já que com o baixo nível do Rio Paraguai, cresceu o fluxo de transporte rodoviário no trecho.
Estado – em Mato Grosso do Sul, manual foi lançado no fim do ano passado e quatro rodovias vêm sendo monitoradas pelo projeto Estrada Viva. O objetivo é reduzir e criar ferramentas para redução de atropelamentos e mortes de animais.
As estradas monitoradas são MS-040, MS-178, MS-382 e BR-359, que perpassam por grandes áreas remanescentes de vegetação do cerrado e pantanal, plantações, pastos e áreas alagadas com grande potencial de presença de fauna.
O programa está catalogando espécies atropeladas e identificando os principais pontos de passagem dos animais para propor medidas preventivas e de mitigação dos incidentes.
Quanto ao manual, ele será utilizado na execução de novos projetos viários em Mato Grosso do Sul. As estradas e rodovias que serão pavimentadas no Estado terão que ter em seus projetos executivos ferramentas que permitam a redução de atropelamentos de animais.
O documento também poderá ser usado nas rodovias já pavimentadas, principalmente, aquelas que apresentam alto índice de acidentes devido a estas colisões, muitas vezes, com atropelamento de animais em extinção.