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Meio Ambiente

Mato Grosso do Sul registra 13 mil focos de incêndio em 48 horas

Satélites do BDQueimadas mostram que 20 cidades registraram 100 ou mais focos de incêndio entre ontem e hoje

Por Mylena Fraiha | 12/09/2024 17:59
Corpo de Bombeiros combatendo incêndio na região do Abobral, no Pantanal de MS (Foto: Divulgação/CBMMS)
Corpo de Bombeiros combatendo incêndio na região do Abobral, no Pantanal de MS (Foto: Divulgação/CBMMS)

Vinte cidades de Mato Grosso do Sul registraram 100 ou mais focos de incêndio entre quarta-feira (11) e quinta-feira (12), segundo o programa BDQueimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). No período, foram identificados cerca de 13 mil focos de incêndio em todo o Estado por meio dos satélites do programa.

Corumbá lidera o número de incêndios, com 3.298 focos, representando 25,4% dos registros no Estado entre ontem e hoje. Em segundo lugar está Jateí, com 2.229 focos (17,1%), seguida por Porto Murtinho, com 1.810 focos (13,9%).

Outras cidades que se destacam são Aquidauana, com 952 focos (7,3%); Terenos, com 557 focos (4,3%); Água Clara, com 481 focos (3,7%); Rio Negro, com 394 focos (3%); Costa Rica, com 291 focos (2,2%); Rio Brilhante, com 274 focos (2,1%); e Itaquiraí, com 273 focos (2,1%).

A capital, Campo Grande, teve 79 focos (0,6%) no período. No total, 50 municípios de Mato Grosso do Sul registraram pelo menos um foco de incêndio, segundo o BDQueimadas.

Mapa de focos de incêndio que foram identificados por todos os satélites cadastrados pelo projeto BDQueimadas, do Inpe (Arte: Lennon Almeida)
Mapa de focos de incêndio que foram identificados por todos os satélites cadastrados pelo projeto BDQueimadas, do Inpe (Arte: Lennon Almeida)

Um dos incêndios registrados atingiu, na manhã de hoje, fazendas de eucalipto em Água Clara, a 193 km de Campo Grande. Segundo o Corpo de Bombeiros, o fogo começou na semana passada, foi controlado, mas retornou, exigindo reforços. O primeiro foco queimou 6,5 mil hectares, e, após a reignição, mais 3,5 mil hectares foram atingidos.

Importante mencionar que Água Clara é a sexta cidade com mais focos de incêndio registrados entre hoje e ontem pelos satélites do BDQueimadas.

Pantanal em chamas – Em agosto, o Pantanal foi o bioma brasileiro mais afetado por incêndios em vegetação nativa, segundo o Inpe. Dados indicam que 89% dos focos ocorreram em áreas de vegetação nativa e menos de 1% em áreas onde a vegetação foi recentemente removida.

Entre 1º e 31 de agosto, o satélite de referência do BDQueimadas identificou 4.111 focos de incêndio no Pantanal, sendo a maior parte concentrada em Mato Grosso do Sul, que registrou 2.819 focos (63,9%). Mato Grosso, o outro Estado pantaneiro, contabilizou 1.592 focos (36,1%).

O aumento em comparação ao mesmo período de 2023 é significativo: no ano passado, foram registrados apenas 110 focos no bioma, sendo 71 em Mato Grosso do Sul.

O Monitor do Fogo, do MapBiomas, divulgado nesta quinta-feira (12), apontou Corumbá como a cidade brasileira mais afetada em agosto, com 616.980 hectares queimados. Félix do Xingu (PA) e Amajari (RR) aparecem em seguida, com 277.951 hectares e 250.949 hectares queimados, respectivamente.

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