Ministra destaca união de governadores contra os crimes ambientais no Pantanal
Marina Silva disse que pasta vai auxiliar nas ações de proteção ao bioma e apoiará atividades sustentáveis
Ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva parabenizou os governadores de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), e Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), pela assinatura do termo de cooperação visando a união de esforços na defesa, proteção e desenvolvimento sustentável do Pantanal. O ato foi realizado na manhã desta quinta-feira (18), no auditório do Bioparque Pantanal.
“Um dos nossos objetivos era um dia selar um pacto com governadores para que não seja uma ação do governo federal, que fosse com os estados e com os municípios. A presença dos dois governadores aqui não é só política. Mas os dois assinando um termo de cooperação mostra como fazer de forma parceira esse enfrentamento, compartilhando responsabilidades no combate de práticas ilegais e apoio às atividades produtivas sustentáveis. Podem contar com ação suplementar do Ministério do Meio Ambiente em todos esses esforços”, destacou.
Ela citou a importância de fazer política com base nas evidências científicas, que comprovam os efeitos devastadores das mudanças climáticas. “Chega de fazer o que é conveniente e vamos fazer o que é necessário. O Pantanal é ameaçado por natureza, com ações que ocorrem dentro e fora do bioma, além das mudanças climáticas. Se não fizermos o dever de casa, todos os biomas serão destruídos e comprometidos”.
A ministra destacou a necessidade da criação do Fundo Biomas, mas aguarda a reivindicação dos governadores sobre a separação dos recursos para o Pantanal, Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga e Pampa. Atualmente, só existe o Fundo Amazônia.
Riedel disse que o termo de cooperação assinado entre os governadores hoje é um gesto importante de comprometimento dos dois Estados em fazer ações coordenadas para prevenir e se antecipar aos problemas.
“Ao assinar, nós envolvemos todas as instituições. O Estado sozinho não consegue enfrentar esse desafio, essa é tarefa de todos nós. Precisamos criar uma cultura de proteção permanente de preservação”, enfatizou.
Ele aproveitou a ocasião para revelar que as negociações para a construção da ponte sobre o Rio Paraguai, ligando Porto Jofre a Corumbá, continuam. “O nosso irmão mais velho, se comprometeu a fazer o projeto da ponte que vai ligar o Pantanal. Como é o irmão mais rico, achei que ia dar a ponte, mas vamos construir juntos”, brincou.
Já o governador de Mato Grosso relembrou o caso do pecuarista que foi multado em R$ 2,8 bilhões por desmate ilegal por uso de produto químico no Pantanal. “Precisamos punir conforme a lei. Quem descumprir tem que perder a terra. Não é possível mais viver com velhos problemas. Investimos todos os anos R$ 70 milhões para combater incêndios. Mas os instrumentos legais que o Estado brasileiro não são suficientes”.
A vigência do termo será de cinco anos, sendo ele gerido por um Grupo de Trabalho integrado por representantes dos dois estados, em número paritário. Além do ato político, cientistas participam do 'Seminário sobre as Causas e Consequências do Desmatamento no Pantanal', evento realizado pelo Governo Federal, por meio do Ministério do Meio Ambiente e das Mudanças Climáticas.
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