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Meio Ambiente

MP quer drone, satélite ou vistoria para levantar danos ao Rio da Prata

Análise foi solicitada à PMA, Instituto do Homem Pantaneiro, Imasul e Fundação Neutrópica do Brasil

Aline dos Santos | 07/01/2019 08:22
A beleza das águas cristalinas no Rio da Prata. (Foto: Instituto Amigos do Rio da Prata)
A beleza das águas cristalinas no Rio da Prata. (Foto: Instituto Amigos do Rio da Prata)

Por drone, satélite ou inspeção no local, levantamentos vão identificar se propriedades rurais causam danos ambientais ao Rio da Prata no município de Jardim, em especial na área conhecida como brejão.

O MP/MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) abriu inquérito civil e o promotor Allan Carlos Cobacho do Prado solicitou a análise à PMA (Polícia Militar Ambiental), Instituto do Homem Pantaneiro, Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) e Fundação Neutrópica do Brasil.

A denúncia foi feita em novembro por meio da ouvidoria do Ministério Público e cita matéria do Campo Grande News, com o título “Cor de lama, Rio da Prata expõe reflexo da exploração comercial”.

No mês de novembro, o Rio da Prata, conhecido pelas águas cristalinas, foi tomado pela lama. Nele, termina o passeio de flutuação por quem vem pelo rio Olho D’Água. O turvamento do Rio da Prata foi atribuído ao grande volume de chuva em pouco tempo e os sedimentos que saíram de duas fazendas, na troca de pecuária por lavoura. A mudança da atividade econômica está em expansão em Bonito, município vizinho a Jardim.

No último dia 2 de janeiro, mais relatos de turvamento. Bonito e Jardim compartilham o Brejão do Rio da Prata, área úmida com 5 mil hectares que abrange várias fazendas. O local atua com função similar ao rim, mas filtrando os sedimentos. A região tem várias pequenas nascentes e os solos férteis atraem a agricultura.

Do lado de Bonito, a PMA identificou, no ano de 2016, 46 quilômetros de drenos para secar a área de banhado, propiciando o uso para agropecuária, na fazenda São Francisco e aplicou multa milionária.

Primeiro, a área em litígio ficou interditada pela Justiça. Contudo, em fevereiro do ano passado, o proprietário informou uma reviravolta: o Imasul revogou o termo de paralisação sobre a área, autorizando a continuidade da atividade. Em 21 de maio, a Justiça de Bonito revogou a decisão que proibia o funcionamento dos drenos.

No fim do ano, o Imasul justificou que fará levantamento para que os drenos fechados de maneira segura para o meio ambiente, sem levar sedimentos para o rio. A medida será tomada após a análise do CAR (Cadastro Ambiental Rural) da fazenda São Francisco.

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