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Meio Ambiente

MS teve 2ª maior expansão agrícola no País e liderou em produção de madeira

Entre 2018 e 2020, Estado teve maior expansão da silvicultura em todo Brasil

Guilherme Correia | 11/10/2022 14:23
Toras de eucalipto em produção de madeira em Mato Grosso do Sul. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Toras de eucalipto em produção de madeira em Mato Grosso do Sul. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

Mato Grosso do Sul teve a segunda maior expansão de áreas agrícolas em todo País, entre 2018 e 2020, conforme pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A silvicultura (produção de madeira) expandiu mais nos estados do Mato Grosso do Sul (329 km²), Maranhão (230 km²) e Bahia (138 km²).

Segundo levantamento da consultoria Forest2Market, com base em dados de comércio exterior do governo brasileiro, 89% da produção de eucalipto no Brasil em 2018 foi exportada para a China.

Esta monocultura rende milhões a empresas e proprietários de terra e é apontada por especialistas como danosa ao meio ambiente, por exigir muita água dos arredores e não ser uma forma natural.

Foram 3.318 quilômetros quadrados ampliados para fins agrícolas, enquanto Mato Grosso (5.593 mil km²) foi o maior em todo território brasileiro. Os maiores, em seguida, foram Goiás (1.731 mil km²), Minas Gerais (1.705 mil km²) e Pará (1.342 mil km²).

Ao todo, em vegetação campestre alterada por ação humana, o Estado teve o sétimo maior aumento, com 13.180 km². Os principais foram Tocantins (26,2 mil km²), Mato Grosso (22,8 mil km²), Goiás (22,2 mil km²), Bahia (21,9 mil km²), Minas Gerais (20,6 mil km²) e Rio Grande do Sul (18,6 mil km²).

Já em vegetação florestal, o Pará teve a maior redução no País, 120.894 km², seguido por Mato Grosso, com 74.971 km².

As análises da publicação apresentam a dinâmica de mudanças, com destaque importante nas bordas da Amazônia, no Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), no sul do Rio Grande do Sul e no trecho que engloba o Oeste Paulista e o leste do Mato Grosso do Sul e de Goiás.

Segundo a publicação, as conversões são “desiguais”. Em certos territórios, há muitos avanços e em outras, áreas de contenção ambiental reduzem os índices.

A pesquisa é feita a partir do Monitoramento da Cobertura e Uso da Terra, que visa “espacializar e quantificar a cobertura e uso da terra do Brasil, em períodos regulares, a partir do mapeamento sistemático”.

“A metodologia envolve interpretação visual de imagens de satélite, campanhas de campo e consulta a informações complementares. Os dados são divulgados em Grade Estatística, que cobre o território brasileiro com células de um quilômetros quadrado.”

Neste período, em todo Brasil, 70 mil quilômetros quadrados da área nacional sofreram alguma mudança, correspondendo a 0,7% do território nacional, ou uma área equivalente à dos estados de Alagoas e Rio de Janeiro, somados. “A principal alteração foi o avanço das atividades agropecuárias sobre a vegetação natural.”

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