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Meio Ambiente

Nas rodovias de MS, queimadas são parte do trajeto de quem viaja

Bombeiros, polícia rodoviária e concessionária fazem alertas a condutores que usam as estradas estaduais e federais

Marta Ferreira | 21/08/2019 19:40
Queimada às margens da rodovia MS-162, entre Sidrolândia e Maracaju, atrapalhou o tráfego na pisa e mobilizou equipes da Polícia Militar Rodoviária e dos bombeiros nesta semana.
Queimada às margens da rodovia MS-162, entre Sidrolândia e Maracaju, atrapalhou o tráfego na pisa e mobilizou equipes da Polícia Militar Rodoviária e dos bombeiros nesta semana.

Trafegar pelas rodovias de Mato Grosso do Sul neste agosto quente e seco apresenta aos motoristas margens entrecortadas por evidências de queimadas, quando a surpresa não são chamas e muita fumaça, a ponto de atrapalhar o trajeto e até bloquear a pista, por segurança, como já ocorreu nos últimos dias. Se você rodou pelas estradas federais ou estaduais e teve impressão de que a situação piorou este ano, está certo. O Corpo de Bombeiros identificou aumento de 27% no número de casos em que equipes precisaram ser enviadas para combater focos de incêndio à beira de rodovias.

De acordo com os dados, de 1º de janeiro até 21 de agosto de 2019, foram 167 ocorrências atendidas, em todo o Estado, envolvendo rodovias estaduais e federais. No ano passado, no mesmo período, haviam sido 131 registros. A diferença, de 36 casos, equivale a 27% de aumento.

Na rodovia mais movimentada de Mato Grosso do Sul, a BR-163, que tem administração privada, o aumento das queimadas à margem da estrada é ainda maior. De acordo com a CCR MS Via, empresa responsável pelo trecho, em agosto, foram 86 casos até o dia 18.

Isso significa aumento de 43% em relação ao mesmo intervalo de tempo em 2018, quando foram 58 ocorrências.

A PRF (Polícia Rodoviária Federal) foi consultada, mas informou que não há levantamento específico sobre o assunto para as outras rodovias, como por exemplo a BR-262, que leva ao Pantanal e onde, além das margens com vestígios do fogo na vegetação, motoristas presenciam, também, a fuga de animais quando há queimadas.

Confira abaixo vídeo feito por passageiro de veículo na BR-262, à caminho de Aquidauana:

Alerta - Nas rodovias estaduais, a Polícia Militar Rodoviária não faz contabilização específica dos registros de incêndio à margem da pista, mas mantém um protocolo de orientações a quem trafega.

As orientações são reduzir a velocidade e verificar se há visibilidade de toda pista antes de adentrar onde há fumaça. “Se não tem visibilidade tem que parar e sinalizar com triangulo ou até galhos para garantir a segurança no local”, informa a força policial. 

Em seguida, prossegue a orientação, o motorista deverá acionar a Polícia Militar Rodoviária através do fone 198 ou do aplicativo Rodovia Viva.

Responsável pelos mais de 800 quilômetros da BR-163, a CCR MS Via também desenvolveu uma “cartilha” a quem usa a pista. A recomendação é que, em caso de fumaça na pista, os condutores reduzam a velocidade, fechem os vidros do veículo e mantenham distância segura de quem segue à frente.

Um cuidado específico é orientado. “Nunca acione o pisca-alerta em movimento pois os demais motoristas podem achar que seu veículo está parado e não estacione em locais de risco”, diz a CCR.

Se for parar, ainda de acordo com as recomendações, é mais seguro parar longe da rodovia. O acostamento só deve ser usado em emergências.

A concessionária também reforça aos usuários da BR-163/MS para que não jogue pontas de cigarro na rodovia, pois, além de poluir o meio ambiente, aumenta o risco de as chamas se espalharem.

Há um telefone disponível para quem vir uma queimada acionar as equipes da empresa, o 0800 648 0163. O serviço funciona 24 horas por dia, com ligações gratuitas inclusive para celulares.

O telefone da Polícia Rodovia Federal é o 191.

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