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Meio Ambiente

No menor nível da história, Rio Paraguai segue aberto à navegação

Marinha informou hoje (15) que não cogita interrupção em Mato Grosso do Sul

Por Cassia Modena | 15/10/2024 13:08
Transporte de grãos pela hidrovia do Rio Paraguai em Porto Murtinho (Foto: Divulgação/ Arquivo/FV Cereais)
Transporte de grãos pela hidrovia do Rio Paraguai em Porto Murtinho (Foto: Divulgação/ Arquivo/FV Cereais)

O Rio Paraguai alcançou o menor nível em 124 anos de monitoramento, no último sábado (12), e ele segue caindo. Está -67 cm hoje (15), pela régua de Ladário (MS), referência mais utilizada pela Marinha do Brasil.

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O Rio Paraguai atingiu o menor nível em 124 anos, com registros de -67 cm, mas a navegação em Mato Grosso do Sul continua sem interrupções, embora com recomendações de cautela devido a bancos de areia. A Marinha do Brasil mantém a navegação aberta, alertando sobre a importância de conhecer as cartas náuticas e os avisos de navegação. A dragagem no lado paraguaio reestabeleceu a profundidade para 2,5 metros, essencial para a operação da hidrovia. No entanto, há preocupações ambientais sobre a dragagem no Tramo Norte do rio, que foram abordadas pela Secretaria Nacional de Hidrovias, afirmando que não há planos para aprofundamento nessa área.

Apesar da baixa vazão, as navegações não foram interrompidas em Mato Grosso do Sul e não se cogita isso, por enquanto. A informação foi dada pela assessoria de imprensa da própria Marinha.

Neste momento, o órgão federal mantém aberta e irrestrita a navegação, mas recomendando cuidado com bancos de areia.

"O comandante de embarcação é responsável pela verificação da régua do dia respeitando o calado de sua embarcação. A Marinha do Brasil orienta todos os navegantes, seja de grandes embarcações ou de embarcações menores, a terem especial atenção quanto aos bancos de areia nos rios, pois esses representam um risco à navegação. É fundamental que os navegantes conheçam as cartas náuticas da região e estejam atentos aos avisos de navegação emitidos pelas Capitanias dos Portos, Delegacias e Agências Fluviais, que informam sobre alterações nas condições de navegação, como o surgimento ou deslocamento de bancos de areia", alertou em nota.

O nível atual não significa que o rio está sem água. Águas subterrâneas garantem a vazão, como explicou na semana passada ao Campo Grande News o pesquisador Carlos Padovani.

Porto Murtinho e Paraguai - O trecho do Rio Paraguai em Porto Murtinho (MS) também já deu sinais da seca histórica. Em 19 de setembro, o Imasul (Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) alertou que ele já havia atingido a mínima histórica do monitoramento. De acordo com a Marinha, seu nível é de -60 cm hoje.

Repartido na fronteira brasileira com o Paraguai, o Rio Paraguai recebe dragagem no país vizinho após a profundidade ser limitada pelo entupimento de canal no quilômetro 1.587, na área conhecida como Buen Muerto, no oeste paraguaio. A navegabilidade foi reestabelecida com profundidade de 2,5 metros.

“A intervenção é vital para manter operacional esta principal hidrovia do país, destacando a importância de uma infra-estrutura robusta de manutenção e de uma gestão coordenada entre autoridades e empresas privadas”, afirmou em nota a empresa que faz a dragagem, a Topografia e Engenharia Rodoviária (T&C).

Pesquisadores questionam os riscos ambientais de se fazer o mesmo procedimento no chamado Tramo Norte do Rio Paraguai, localizado entre Cáceres (MT) e Corumbá (MS). Existe um projeto federal relacionado à ampliação do uso da hidrovia.

Em 2 de outubro, a Secretaria Nacional de Hidrovias e Navegação, do Ministério de Portos e Aeroportos, esclareceu que "não faz parte do atual projeto de hidrovia do Rio Paraguai a realização de dragagem de aprofundamento no chamado Tramo Norte, entre as cidades de Cáceres e Corumbá. A preocupação dos pesquisadores e ambientalistas foi descartada pelo secretário Dino Antunes, que convidou o grupo a acompanhar todos os projetos de hidrovias que estão em estudo", diz publicação no site oficial.

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