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Meio Ambiente

Onças-d'água de área remota do Pantanal entram no BBB da conservação

Ariranhas são bioindicadoras da qualidade ambiental: são topo da cadeia alimentar e precisam de água saudável

Por Gabriela Couto | 27/01/2025 14:14

O Instituto Homem Pantaneiro (IHP) acaba de firmar uma parceria com a Log Nature, com o objetivo de aprimorar o monitoramento das onças d’água, ou ariranhas, no Pantanal.

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O Instituto Homem Pantaneiro (IHP) firmou parceria com a Log Nature para monitorar as ariranhas no Pantanal, utilizando armadilhas fotográficas em áreas de difícil acesso como a Serra do Amolar. A iniciativa, que integra o Plano de Ação Nacional para a Conservação das Ariranhas (PAN Ariranha), visa aprimorar o estudo e a proteção da espécie, considerada bioindicadora da qualidade ambiental e essencial para o equilíbrio dos ecossistemas aquáticos. As ariranhas, que tiveram sua distribuição reduzida em 40% no Brasil, enfrentam ameaças como a degradação dos rios e a sobrepesca. O projeto busca interferir o mínimo possível no habitat dos animais, instalando as armadilhas após garantir que não há ariranhas por perto. A parceria também conta com a colaboração do Projeto Ariranhas, fundado pela bióloga Caroline Leuchtenberger.

O trabalho conjunto permitirá o uso de armadilhas fotográficas em áreas de difícil acesso, como a Serra do Amolar, contribuindo com informações essenciais para a conservação da espécie. A iniciativa começou no final de 2024 e promete trazer os primeiros dados em breve.

Assim como a onça-pintada, a ariranha desempenha um papel crucial no ecossistema, sendo considerada uma espécie guarda-chuva. Isso significa que, ao proteger as ariranhas, estamos, na verdade, preservando diversos outros seres que dependem do mesmo ambiente.

As ariranhas são bioindicadoras da qualidade ambiental, uma vez que vivem no topo da cadeia alimentar e dependem de um ecossistema aquático saudável para sobreviver. No Brasil, a distribuição dessa espécie foi reduzida em até 40%, tornando ainda mais urgente a necessidade de ações de conservação.

A parceria com a Log Nature também integra o Plano de Ação Nacional para a Conservação das Ariranhas (PAN Ariranha), coordenado pelo ICMBio. O IHP, agora aliado da Log Nature, soma esforços para reforçar as políticas públicas voltadas para a proteção da fauna pantaneira.

Mariana Queiroz, analista ambiental do IHP, destaca a importância da colaboração. “Com o uso das armadilhas fotográficas, conseguimos estudar as espécies ameaçadas com mais eficiência e em locais de difícil acesso. Além disso, as imagens e vídeos que capturamos vão ser cruciais para entender melhor os comportamentos das ariranhas e outras espécies, como o tatu-canastra e o gato-mourisco.”

As ariranhas (Pteronura brasiliensis) são mamíferos semi-aquáticos, conhecidos por sua habilidade de nadar e mergulhar. Com uma dieta de peixes, essas grandes predadoras são essenciais para o equilíbrio dos ecossistemas aquáticos, controlando populações de espécies invasoras. No Brasil, são avistadas principalmente em Corumbá e Ladário, mas enfrentam sérias ameaças como a degradação dos rios, a sobrepesca e a construção de barragens.

Juliana Kleinsorge, CEO da Log Nature, também compartilha seu entusiasmo pela parceria. “A união da nossa experiência com a gestão do IHP e a tecnologia das nossas soluções vai potencializar as ações de conservação no Pantanal, beneficiando a biodiversidade de uma forma geral.”

Essa nova fase de monitoramento, realizada em parceria com o Projeto Ariranhas, fundado pela bióloga Caroline Leuchtenberger, visa fazer o mínimo de interferência possível no habitat dos animais. Para isso, as armadilhas fotográficas são instaladas apenas após garantir que não há ariranhas nas proximidades, garantindo o respeito ao seu ambiente natural.

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