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Meio Ambiente

Para pesquisador da Embrapa, situação não é de assustar

Marta Ferreira | 14/03/2011 18:14
Cheia maior este ano deve favorecer estoque pesqueiro, segundo Embrapa.
Cheia maior este ano deve favorecer estoque pesqueiro, segundo Embrapa.

Em contraponto ao testemunho de pescadores, de que o estoque pesqueiro está cada vez menor no rio Paraguai, em Mato Grosso do Sul, o pesquisador Agostinho Catella, da Embrapa Pantanal, sediada em Corumbá, afirma que a não há com o que e assustar.

Embora diga que é fato que a pesca está “menos produtiva desde o ano 2000”, ele diz que, como o sistema é uma espécie de “mosaico”, não encontrar peixe em um trecho do rio não quer dizer que não haja em outro.

O pesquisador explica que, na região do Porto do Índio, onde esteve um grupo de pescadores entrevistado pelo Campo Grande News o rio estava muito cheio e, provalmente, os peixes já haviam descido para outra parte do rio.

Segundo o pesquisador, não houve o mesmo tipo de queixa na região do Porto da Manga, que é mais abaixo.

Além disso, afirma, nesta época do ano, quando já aconteceu a reprodução dos peixes, os cardumes estão dispersos, e não mais juntos, por isso é mais difícil mesmo encontrar peixes, principalmente considerando que há uma densidade muito maior de água.

Um outro fator que dificulta a pesca é que as chuvas de fevereiro e março lavam o campo e jogam uma grande quantidade de material orgânico no rio, diminuindo o oxigênio e afungentando os peixes, que procuram onde respirar melhor.

“O peixe não quer nem comer nesta época, ele quer respirar”.

O fato de ser um ano de previsão de cheia muito grande, segundo o pesquisador, é promissor para a pesca, pois pode aumentar o estoque de espécimes no rio.

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