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Meio Ambiente

PF flagra desmatamento ilegal praticado por índios e quilombolas

Renata Volpe Haddad | 02/07/2015 16:36
Árvores centenárias foram derrubadas para comercialização em comunidades quilombolas e indígenas. (Foto: Divulgação PF)
Árvores centenárias foram derrubadas para comercialização em comunidades quilombolas e indígenas. (Foto: Divulgação PF)
Durante vistoria em Sidrolândia, indígenas ameaçaram tomar os equipamentos dos policias.(Foto: Divulgação PF)
Durante vistoria em Sidrolândia, indígenas ameaçaram tomar os equipamentos dos policias.(Foto: Divulgação PF)

A Polícia Federal flagrou desmatamento de áreas de Mato Grosso do Sul em comunidades quilombolas e indígenas. A investigação começou após imagens de satélite detectarem que árvores estavam sendo cortadas. Os casos ocorreram na região do Pantanal do Piquiri, Sonora e Sidrolândia.

O setor técnico da Polícia Federal de Geo-Processamento analisou as imagens e as encaminhou para que fossem realizadas ações de campo, em conjunto com a o Ibama e a Polícia Militar Ambiental. As ações de desmatamento são consideradas crime ambiental, com penalidades previstas em lei.

Em Sidrolândia, a 71 quilômetros de Campo Grande, os policiais foram até a área de Reserva Legal da Fazenda Buriti, que se encontra no poder de indígenas. Lá foi constatado grande quantidade de árvores derrubadas, já em medidas para serem comercializadas.

Árvores centenárias foram extraídas ilegalmente sendo a maioria aroeiras, além de jatobás, faveiros, cumbarus, ipês, entre outras espécies. Segundo a PF, os fiscais do Ibama e policiais federais foram impedidos de prosseguir com os trabalhos de vistorias pelos indígenas do local, ameaçando tomar os instrumentos de trabalho da equipe, entre câmeras, filmadora e anotações, além de se negarem a se identificar.

Já na região do Pantanal do Piquiri e Sonora, a 364 quilômetros de Campo Grande, também foi constatado crime ambiental, mesmo não sendo encontrados as madeiras. Os policiais averiguaram troncos e raízes que estavam no local, permitindo que fossem avaliados os danos. Os responsáveis pelas áreas foram identificados e notificados, além de serem autuados.

Nos dois casos, foram instaurados inquérito policial para apurar as responsabilidades penais.

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