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Meio Ambiente

Ribeirinhos pedem comida e água em meio às queimadas no Pantanal

Apesar dos esforços para arrecadar doações, a resposta foi insuficiente

Por Ângela Kempfer e Gabriela Couto | 28/06/2024 14:34
Amanda de Paula, de costas, fala para governador e ministras durante evento em Corumbá (Foto: Alex Machado)
Amanda de Paula, de costas, fala para governador e ministras durante evento em Corumbá (Foto: Alex Machado)

Durante visita de ministras do Planejamento, Simone Tebet, e do Meio Ambiente, Marina Silva, nesta sexta-feira a Corumbá, um grupo de ribeirinhos usou o evento oficial para fazer um apelo urgente: a necessidade de ajuda humanitária diante das queimadas que assolam o Pantanal.

A situação crítica levou a coordenadora da Cufa (Central Única das Favelas), Amanda de Paula a reivindicar diretamente às representes do governo federal e ao governador Eduardo Riedel (PSDB)socorro em nome dos trabalhadores que não conseguem mais trabalhar devido ao fogo que os rodeia.

Amanda de Paula destacou que, além do impacto ambiental, as queimadas têm um efeito dramático nas vidas das pessoas que dependem do Pantanal para sobreviver. Os ribeirinhos estão enfrentando enormes dificuldades para manter suas atividades tradicionais, como a pesca e o turismo, que são fundamentais para a subsistência local. Segundo a Cufa, as comunidades estão isoladas pelo fogo, sem condições de trabalhar e com recursos cada vez mais escassos.

Apesar dos esforços da comunidade para arrecadar doações através de uma campanha solidária, a resposta foi insuficiente. Amanda criticou a falta de suporte do estado, apontando que o orçamento estava focado exclusivamente no combate ao fogo, sem considerar as necessidades básicas das pessoas que vivem no Pantanal.

Em resposta às reivindicações, o governador Eduardo Riedel prometeu tomar medidas imediatas para ajudar os ribeirinhos afetados pelas queimadas. Ele anunciou que a Defesa Civil irá fornecer água potável e cestas básicas às comunidades isoladas, reconhecendo a urgência da situação. "Vamos garantir que essas famílias recebam o apoio necessário para atravessar este momento difícil", declarou o governador.

A Cufa virou referência em arrecadação e distribuição de alimentos e água ao povo gaúcho atingido pelas enchentes. Mas não conseguiu a mesma mobilização em Mato Grosso do Sul.


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