Sem chuvas intensas no próximo verão, situação de rios continua crítica
Rio Paraguai, na região do Porto Esperança, está com 72 centímetros abaixo do mínimo marcado pela régua
O alerta foi feito pelo secretário da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Jaime Verruck, durante uma reunião da Sala de Crise do Pantanal. Segundo o chefe da pasta, a situação do nível dos principais rios do Estado é crítica, principalmente a do Rio Paraguai.
As chuvas dos últimos dias ajudaram no combate aos focos de incêndio do Pantanal, mas não contribuíram para o aumento do nível dos rios.
Jaime Verruck classificou como “preocupante” o futuro dessas áreas, já que não são esperadas chuvas intensas durante o próximo verão, como em outros anos. “Estamos em constante alerta quanto a possíveis incêndios florestais decorrentes de raios”, completou.
A reunião ocorreu nesta quinta-feira (5) e foi organizada pela ANA (Agência Nacional das Águas) e contou com a participação de técnicos, tanto de Mato Grosso do Sul, quanto de Mato Grosso, além de outros órgãos ligados ao clima.
A fala do secretário foi comprovada por pesquisas do Cemaden (Centro de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais), INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e do CPRM (Serviço Geológico do Brasil). Os órgãos apontaram que essa é a “seca mais longa da história do Pantanal”.
Técnicos do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) também participaram da reunião e apresentaram relatórios hídricos.
De acordo com dados do Boletim da Sala de Situação do Imasul de hoje (6), o Rio Paraguai, na região do Porto Esperança, está com 72 centímetros abaixo do mínimo marcado pela régua. Ladário com 14 centímetros negativos. Em outros rios do estado, estão com “condições melhores”, segundo a Semagro.
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