Temperatura subiu 1,5ºC em MS em 60 anos, aponta estudo
Mudança no clima não foi repentina, segundo pesquisador, e estudo explica onda de calor em pleno inverno
As temperaturas máximas em Mato Grosso do Sul aumentaram pelo menos 1,5ºC entre 1961 e 2020, aponta estudo do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Pode parecer pouco, mas segundo a análise do órgão ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, explica a onda de calor em pleno inverno.
O estudo revelada que “praticamente todas as regiões do Brasil, sem exceção”, tiveram aumento nas temperaturas. Na maior parte do território brasileiro, os termômetros estão marcando até 1,5ºC a mais, mas há locais, no interior das regiões Nordeste e Norte, que registraram alta entre 2,5ºC e 3ºC neste intervalo de 60 anos.
Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, respectivamente, têm as maiores “manchas” do avanço de calor.
O cientista climático Lincoln Alves, pesquisador do Inpe e autor do estudo, afirma que as alterações no clima do país estão relacionadas às mudanças climáticas em escala global. “É efeito da mudança do clima somado à urbanização e mudanças no uso e cobertura da terra”, afirmou em entrevista ao Estadão.
Previsão – Conforme o Instituto Nacional de Meteorologia, a onda de calor que se instalou no país só vai embora às 18h desta sexta-feira (25). Alerta para 48 cidades de Mato Grosso do Sul diz que as temperaturas estão até 5ºC acima da média para essa época do ano.
A máxima hoje em Campo Grande foi de 33,6ºC, às 15h, também de acordo com o Inmet, e nesta semana, a Capital chegou a enfrentar 36ºC. No Estado, a maior temperatura desta quinta-feira (24) foi registrada em Paranaíba, onde fez 38,1ºC.
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