Um ano depois, obras do Parque Cachoeiras do Ceuzinho não saíram do papel
Prefeitura anunciou obras de R$ 9,5 milhões para criar parque turístico municipal em agosto do ano passado
Quase um ano se passou do anúncio das obras do Parque Cachoeiras do Ceuzinho, mas nada mudou na região. O parque turístico municipal, que ficaria na APA (Área de Preservação Ambiental) do Córrego Ceroula, receberia um investimento de R$ 9,5 milhões, e a previsão de entrega era ainda para 2024. O Campo Grande News esteve no local nesta semana e encontrou abandono.
O planejamento apresentado pela Prefeitura da Capital, em 28 de agosto do ano passado, mostra que local terá estrutura de playground, receptivo, quiosques, passarelas, quadras, redários e trilhas. A única pessoa que estava na região do Ceuzinho era o aposentado Onofre Pauferro, 75 anos, que faz parte do grupo que cuida o local e estava em uma das visitas de rotina.
"Até agora a gente só viu boato, bafafá. A prefeitura era pra estar terminando essa obra, mas olha o jeito que está. Nem começaram. Eu cuido daqui desde que era criança. Não tem uma alma viva trabalhando aqui e, na verdade, nunca teve", disse o aposentado.
Ele reclama que a região está com o mato alto, e a escola que um dia existiu ali já foi totalmente depredada. "Estão levando tudo o que é possível daqui. Teve um incêndio na mata próxima esses dias, ainda tá saindo fumaça. Queimou grande parte", contou.
Segundo ele, o grupo em que participa faz mutirões de limpeza frequentemente no local, e já tiraram toneladas de lixo. "Uma pena esse local tão bonito não ser valorizado. Eu estou com 75 anos e espero ainda conseguir ver isso aqui muito bonito e cheio de gente”, finalizou Onofre.
Na época do lançamento, a prefeita Adriane Lopes (PP), disse que a estrutura possibilitará a exploração adequada dos recursos naturais de Campo Grande. A região total da Apa do Ceroula é de 56,5 hectares, com uma readequação feita no primeiro semestre deste ano. O parque ocupará área de 28 hectares.
O Campo Grande News procurou a Prefeitura de Campo Grande, mas não recebeu retorno até a publicação do material. O espaço segue aberto.
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