"Está para sair", diz Grazielle sobre candidato do "grupo dos 17"
A vereadora está entre os cotados para ser ecolhido por grupo suprapartidário para disputar o comando da Casa em 2013.
A vereadora Grazielle Machado (PR), que ganhou força nesta semana entre os cotados para presidir a Câmara Municipal na próxima legislatura, afirmou que o grupo que ela integra, formado por outros 16 vereadores, deve indicar nos próximos dias o candidato ao comando da Casa.
Com a maioria confirmada até agora, o bloco suprapartidário criou uma situação em que passa a ter a eleição nas mãos. A disputa fica entre eles para a indicação do candidato e, além disso, nomes de peso, que ficaram de fora, como Edil Albuquerque (PMDB) e Jamal Salém (PR), tentam se inserir para brigar por espaço.
Além da republicana, fazem parte do grupo Flávio Cesar (PTdoB), Carlos Augusto Borges (PSB), Airton Saraiva (DEM), Carla Stephanini (PMDB), Mário Cesar (PMDB), Vanderlei Cabeludo (PMDB), Rose Modesto (PSDB), João Rocha (PSDB), Luiza Ribeiro (PPS), Edson Shimabukuro (PTB), Otávio Trad (PTdoB), Paulo Pedra (PDT), Eduardo Romero (PTdoB), Elizeu Dionizio (PSL) , Alceu Bueno (PSL) e Thais Helena (PT).
Algumas pistas ficaram latentes ao longo da semana e serão determinantes na escolha do nome. Boa parte dos parlamentares eleitos prega que o candidato seja um nome novo, que nunca presidiu a Casa, mas que tenha experiência administrativa, o que reduz a lista para dez concorrentes.
Além disso, integre um partido que tenha boa transição entre o grupo eleito na base de Edson Giroto (PMDB) e do prefeito eleito Alcides Bernal (PP). “Tem que ser uma pessoa de equilíbrio, que tenha trânsito, diálogo e apta a enfrentar os novos problemas, desafios e a nova disposição da Câmara”, indicou, ressaltando que tem buscado “harmonia” com os colegas de Casa, desde seu primeiro mandato.
Dentre os “requisitos” defendidos, a republicana, que vai para o terceiro mandato e já ocupou a primeira secretaria da Câmara, “contempla” os pontos, mas nega que vá pedir votos e minimiza a possível vantagem. “Todos estão aptos”.
“Aprendi com meu pai (deputado Londres Machado) que presidente não se escolhe. Quero ser escolhida”, disse, pregando a “obrigatoriedade” de o concorrente ao comando da Câmara nascer do consenso. “Se meus colegas acharem que me encaixo no perfil, estou disposta e será uma honra para mim e para as mulheres”, completa.
Alheio à disputa, Grazielle faz questão de afirmar que a criação do bloco tem o intuito de dar força ao legislativo e garantir independência de atuação. Segundo ela, os vereadores têm se reunido pelo menos três vezes por semana para discutir atuação e a articulação para a eleição, como os outros nomes para os demais cargos na mesa.
Machado assegura que o objetivo é que a chapa contemple na Mesa Diretora a pluralidade que a eleição municipal impôs ao legislativo de Campo Grande a partir do ano que vem. “Não existe vaidade no grupo. Estamos dispostos a escolher os melhores nomes”, pontua a parlamentar.
Esquivando – Perguntado sobre o cenário, Edil Albuquerque argumentou que todos os 29 eleitos têm direito de ser candidato à presidência da Câmara. “Sou candidato. Eu e os outros 28”, esquivou o peemedebista, prevendo que vários que são citados na corrida desistem no meio do caminho. “Não vou desistir. Nem que tenha só meu voto”, avisou.
Atual presidente da Casa, Paulo Siufi (PMDB), que abriu mão da reeleição, também comentou que todos têm condições de serem presidente, mas citou, além de Grazielle e Edil, professora Rose e Paulo Pedra como favoritos no páreo.
“A maioria já conhece o legislativo e conseguem fazer um bom trabalho por conta disso”, explicou. “Quem pegar a presidência vai assumir com as contas em dia e com condições de continuar o trabalho”, encerrou.