"Jairzinho Paz e Amor" em 2018, "nem pensar", afirma Bolsonaro em Nioaque
Em Nioaque, distante 199 Km de Campo Grande, para participar das comemorações pelos 150 anos da Retirada da Laguna, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC/RJ), de 62 anos, virtual candidato à presidência da República em 2018, disse nesta quinta-feira, 13, que não pensa mudar seu discurso para conquistar eleitores e simpatizantes.
“Sem essa de Jairzinho Paz e Amor. Meu Deus do céu, não estou preocupado em perder eleitores. Se for para dar risada e sorrir para todo mundo estou fora. Quero mostrar que o Brasil tem jeito”, declarou o parlamentar em entrevista ao Campo Grande News.
Diferente da maioria dos seus colegas parlamentares, avessos aos temas polêmicos, Jair Bolsonaro, ex-capitão do Exército, inclusive serviu por três anos em Nioaque, dá mostras de que faz questão de ir ao encontro deles, inclusive defende posturas consideradas radicais, como a apologia ao período militar (1964-1985). “Falam que sou racista, fascista homofóbico e xenofóbico, mas ninguém fala que sou corrupto”, ressaltou ele.
Embora impulsionado por pesquisas que o colocam entre os favoritos na corrida presidencial, inclusive logo atrás do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, Bolsonaro negou que esteja fazendo campanha eleitoral antecipada. “Estou percorrendo o Brasil, mas não estou pedindo votos. Portanto, não estou em campanha”, afirmou.
Sobre suas chances em uma possível disputa ao Palácio do Planalto, Bolsonaro avalia que tem grande potencial de crescimento em 2018.
“Modéstia a parte, não tenho a menor dúvida disso. As pesquisas me colocam ali logo atrás do Lula que já foi presidente da República por oito anos. Eu nunca fui nada, nem prefeito”, frisou. Durante a entrevista, a conversa teve que ser interrompida diversas vezes. Eram pessoas querendo tirar selfies com ele.
Ainda sobre a corrida presidencial, Bolsonaro afirmou que deverá sair do PSC (Partido Social Cristão), mas ressaltou que ainda não decidiu sobre sua nova agremiação. Questionado se pretende fundar um novo partido para viabilizar sua candidatura presidencial, ele limitou-se a dizer: “Não dá mais tempo”.