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Política

"Reforma da previdência precisa ser a pauta do País", avalia Reinaldo

Governo defende mudanças para que gestores públicos tenham mais recursos para investir

Leonardo Rocha | 07/08/2017 11:20
Governador  falou sobre a reforma da previdência, em evento no pátio da Governadoria (Foto: Marcos Ermínio)
Governador falou sobre a reforma da previdência, em evento no pátio da Governadoria (Foto: Marcos Ermínio)

Após a votação que rejeitou a denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) disse que a reforma da previdência precisa ser a pauta do País, pois segundo o tucano, só com estas mudanças, os gestores públicos terão mais recursos para investir em outros setores, como educação, saúde e segurança.

"Deve ser a pauta de todo País, não apenas dos prefeitos e governadores, pois é preciso acabar com o privilégio de alguns no âmbito municipal, estadual e federal, será uma possibilidade de melhorar a equação previdenciária", disse Azambuja, durante entrega de ônibus escolares, no pátio da Governadoria.

Reinaldo defende que haja um engajamento de toda sociedade, lembrando que desta forma os gestores públicos terão um alívio no caixa, para poder investir em outros setores. "O nosso governador vem afirmando esta questão há bastante tempo, é muito importante buscar este equilíbrio (previdência), fazer estas mudanças".

O governador também já declarou que após este embate político na Câmara Federal, os agentes políticos teriam que buscar a "pacificação", para que o foco seja a retomada do crescimento e números melhores da economia, para que a situação financeira dos estados e municípios possam superar a crise.

A reforma da previdência está parada na Câmara dos Deputados. O projeto que sofreu mudanças com emendas, teve aprovação em maio apenas na Comissão Especial da Reforma, porém ainda não passou por discussão e votação em plenário. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse na semana passada, que o governo espera aprovar a proposta até outubro.

Projeto da reforma só foi aprovado até agora na Comissão Especial da Câmara Federal (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)
Projeto da reforma só foi aprovado até agora na Comissão Especial da Câmara Federal (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

Mudanças - Entre as alterações feitas no projeto original, a idade mínima para as mulheres ficou em 62 anos, porém ao homens continuou 65. O tempo de contribuição diminuiu de 49 (anos), para 40, além disto foram apresentadas regras especiais, que privilegiam os professores, policiais e trabalhadores rurais.

No caso dos policiais federais e legislativo eles terão idade mínima (aposentadoria) de 55 anos, tendo tempo de contribuição de 30 (anos) para homens, com pelo menos 20 de atividade policial, e 25 para as mulheres, com 15 (anos) exercendo a profissão. Estas regras podem ser de parâmetro aos policiais estaduais (militar e civil).

Aos professores a idade mínima será de 60 anos, com 25 de contribuição, enquanto que aos trabalhadores rurais a contribuição será de 20 (anos), com idade mínima de 60 para os homens. Já as mulheres 57 (anos), contribuindo no mínimo por 15 anos.

A base aliada garante que mesmo com as mudanças, o projeto aprovado na Comissão Especial, ainda manteve 75% da economia prevista e que as alterações mostram que o texto deixou de ser "apenas do governo" e sim com contribuição dos parlamentares.

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