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Política

Bancada de MS está dividida e tem dois indecisos sobre reforma da Previdência

Geraldo Resende e Mandetta eram contrários, agora são indecisos; os outros seis estão divididos: três contra e três a favor

Lucas Junot | 11/05/2017 17:52
Da esquerda para a direita: Marun e Tereza Cristina, Geraldo e Dagoberto, Elizeu e Zeca e Mandetta e Vander(Foto: Reprodução)
Da esquerda para a direita: Marun e Tereza Cristina, Geraldo e Dagoberto, Elizeu e Zeca e Mandetta e Vander(Foto: Reprodução)

Pelo menos dois dos oito deputados federais de Mato Grosso do Sul mudaram de posicionamento em relação à reforma da Previdência, que tramita na Câmara Federal. Geraldo Resende (PSDB) e Luiz Henrique Mandetta (DEM), ambos contrários ao texto apresentado pelo Governo Federal, agora se dizem indecisos.

Além deles, a bancada está dividida. Três parlamentares são favoráveis à aprovação da reforma e três contrários.

Zeca do PT, Vander Loubet (PT) e Dagoberto Nogueira (PDT) são contrários ao texto, mesmo depois de vários itens terem sido flexibilizados. Elizeu Dionízio (PSDB) e Tereza Cristina Correa da Costa (PSB) são favoráveis, e Carlos Marun (PMDB), presidente da comissão especial que trata do tema, segue defensor incansável da proposta.

Depois da votação do texto da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara, mais do que dobrou o número de deputados que optaram por não divulgar posicionamento sobre o texto. De acordo com levantamento feito pelo Estadão, 202 parlamentares preferiram não abrir o voto.

Desses, 57 afirmaram ainda estarem indecisos sobre a atual proposta. No último levantamento, realizado antes da divulgação do parecer na comissão, 99 políticos não se posicionaram.

Ao Campo Grande News, Geraldo Resende disse que discute seu voto junto ao partido. “Tive um posicionamento contrário da forma como foi encaminhada, agora estou indeciso se esse é o momento, sei da necessidade, mas questiono o momento político e a forma como está sendo apresentada”, justifica.

Ainda de acordo com ele, é preciso “dar um tempo para convencimento da população, grande parcela não compreende ou não foi suficientemente informada para poder avaliar, por isso se posiciona contra”.

A julgar pelo posicionamento do correligionário Elizeu Dionízio, o PSDB seria favorável à aprovação.

Luiz Henrique Mandetta também havia se posicionado contra proposta. Ele não atendeu às ligações do Campo Grande News até o fechamento desta matéria, mas, segundo o levantamento do Estadão, ele prefere não se posicionar.

Apesar de ter obtido uma primeira vitória com a aprovação do relatório da proposta na comissão especial, por 23 votos a 14, o governo ainda tem um árduo caminho rumo à aprovação da reforma da Previdência no Congresso.

A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) segue para o plenário da Câmara, onde precisa da aprovação de três quintos dos 513 deputados, ou seja 308 votos favoráveis, em dois turnos de votação.

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