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Política

Agentes penitenciários invadem sessão da Comissão da Reforma da Previdência

Luciano Nascimento. da Agência Brasil | 03/05/2017 22:52

Agentes penitenciários invadiram a reunião da Comissão Especial da Reforma da Previdência, após o destaque que tratava da inclusão da categoria na aposentadoria especial para policiais ter sido retirado da pauta.

A sessão, que votava os destaques da reforma aprovada hoje (3) mais cedo, foi encerrada devido ao protesto. O presidente da Comissão Carlos Marun (PMDB-MS) e o relator Arthur Maia (PPS-BA) saíram do Plenário 02 da Câmara, onde a comissão votava a reforma, escoltados pela polícia.

O destaque que tratava da aposentadoria especial para agentes penitenciários foi encaminhada pelo PP e pelo PSDB, mas a base aliada não quis que o tema entrasse em votação. Posteriormente o PSDB retirou seu encaminhamento e o presidente da comissão, Carlos Marun, suspendeu a sessão.

Quando a sessão foi retomada, o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) retirou o destaque de votação com a promessa de que um partido o colocaria em votação quando a reforma fosse votada em plenário. Neste momento, houve a invasão dos agentes penitenciários.

Neste momento, os agentes penitenciários estão no estacionamento do Anexo 2 do Congresso. O acesso ao local foi fechado e as polícias Legislativa e Militar fazem segurança do prédio e as vias de acesso foram isoladas. Foram disparadas duas bombas de gás lacrimogênio para conter os manifestantes durante a invasão. Não há notícias se houve feridos ou detidos durante o protesto.

Mais cedo, o relator da reforma Arthur Maia chegou a incluir os agentes penitenciários nas regras especiais de aposentadoria para policiais, com idade mínima de 55 anos. No entanto, Maia voltou atrás e desistiu da mudança horas depois.

Ontem (2), cerca de 500 agentes penitenciários, segundo estimativas da Polícia Militar do Distrito Federal, invadiram o Ministério da Justiça e só desocuparam o prédio após uma reunião com o ministro Osmar Serraglio e a promessa de que o governo não vai criar obstáculos para equiparação das regras para aposentadoria dos agentes penitenciários a dos policiais na tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma da Previdência.

 

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