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Política

André questiona Reinaldo sobre auditoria e não vê ilegalidade em atos

Edivaldo Bitencourt e Leonardo Rocha | 13/02/2015 14:24
Governador conversou com antecessor: reunião foi tranquila (Foto: Marcelo Calazans)
Governador conversou com antecessor: reunião foi tranquila (Foto: Marcelo Calazans)

O ex-governador André Puccinelli (PMDB) não vê irregularidade no cancelamento dos empenhos na administração estadual e no não pagamento de R$ 192,3 milhões. Nesta semana, ele procurou o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) para saber da auditoria realizada nas contas estaduais e ressaltar que não vê irregularidade nos atos praticados no encerramento do mandato no ano passado.

Nesta semana, o peemedebista decidiu voltar à ativa na política. Ele foi a Brasília, onde conversou com os presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Eduardo Cunha, o vice-presidente da República, Michel Temer, os deputados federais Carlos Marun e Geraldo Rezende, e a senadora Simone Tebet, todos do PMDB.

Além da viagem à Capital federal, Puccinelli também se reuniu com o governador. O encontro foi revelado por Azambuja durante coletiva na manhã de hoje na Governadoria. No entanto, o dia do encontro não foi revelado.

Na reunião com o tucano, André pediu informações sobre as auditorias que estão sendo realizadas na administração estadual para verificar eventuais irregularidades e traçar um panorama das finanças do Estado. Reinaldo disse que as informações só serão divulgadas após o levantamento ser concluído pela empresa internacional Price Waterhouse Coopers.

Por outro lado, os dois não concordaram sobre a legalidade do cancelamento dos empenhos. Puccinelli teria deixado uma dívida de R$ 192,3 milhões com fornecedores, órgãos públicos e funcionários.

"Ele (André Puccinelli) entende que os empenhos liquidados e anulados na administração dele são legais, nós entendemos que é ilegal, restará aos órgãos de controle dizer quem está com a razão", destacou. Reinaldo prometeu encaminhar as denúncias de irregularidades para o Tribunal de Contas do Estado e ao MPE (Ministério Público Estadual).

Contas - O Governo anterior deixou de pagar R$ 192.369.827,53 em obras e serviços executados , segundo levantamento realizado pela atual gestão.

Segundo o balanço realizado pelo Governo, foram descontados R$ 53,7 milhões dos salários dos servidores públicos estaduais, mas que não foram repassados para a Agência Estadual de Previdência. Outros R$ 59 milhões são dívidas da educação.

O levantamento aponta que o Governo estadual fez o empenho, liquidou a despesa, atestou a realização do serviço e depois cancelou o pagamento. Neste caso, com o comprovante da execução dos serviços e obras, as empresas devem acionar o Estado para receber na Justiça. Apesar de não receber, elas até pagaram impostos sobre o serviço executado.

Além disso, o Governo já constatou que faltam R$ 166 milhões para concluir as obras inacabadas, que exigirão investimentos de R$ 540 milhões.

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