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Política

Ao deixar sede do Gaeco, Olarte fala em fé, justiça e manda abraço

Aline dos Santos e Antonio Marques | 06/10/2015 13:06
Olarte falou de longe com os jornalistas ao deixar o Gaeco. (Foto: Antonio Marques)
Olarte falou de longe com os jornalistas ao deixar o Gaeco. (Foto: Antonio Marques)

O prefeito afastado de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), deixou a sede do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) nesta terça-feira com discurso de fé, justiça e abraço para os jornalistas.

De longe, ele disse que está tranquilo, foi bem atendido e prestou todos os esclarecimentos ao MPE (Ministério Público do Estado). “Estou à disposição do meu povo e tudo vai ser esclarecido com fé em Deus. Abraço para todos”, declarou, antes de embarcar na viatura que o levaria de volta ao Presídio Militar.

Ele chegou ao Gaeco às 9h, prestou depoimento por 2h30 e, em seguida, almoçou, pois perdeu o horário da refeição no presídio. O prefeito afastado deixou o local às 12h40.

Olarte é investigado na operação Coffee Break, que apura esquema de compra de votos na Câmara Municipal para a cassação de Alcides Bernal (PP) em março de 2014. Com a perda do mandato, Olarte assumiu o Poder Executivo.

No último 25 de agosto, dia da operação, Olarte foi afastado a pedido do MPE. No dia 30 de setembro, também por solicitação do Gaeco, o desembargador do TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), Luiz Cláudio Bonassini da Silva, decretou a prisão do prefeito afastado.

Olarte só se apresentou no dia 2 de outubro. Primeiro, se entregou na 3ª Delegacia de Campo Grande, em seguida, por ainda ser prefeito, teve pedido deferido para ocupar cela especial.

A ordem era de que ele ficasse no Comando da PM (Polícia Militar), mas acabou sendo levado para a cela da Companhia Independente de Guarda e Escolta, no complexo penitenciário de Campo Grande. O comando da polícia não tinha estrutura para atender preso recluso. O prazo da prisão temporária, válida por cinco dias, termina à meia-noite.

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