Apoiadores do ex-presidente Bolsonaro invadem e depredam Congresso Nacional
Bombas de gás lacrimogênio foram usadas para tentar conter os manifestantes
Apoiadores do ex-presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro (PL) invadiram nesta tarde o Congresso Nacional e ultrapassaram as correntes de contenção do Palácio do Planalto. Sprays de gás de pimenta foram usados para tentar conter os manifestantes, mas eles derrubaram grades de contenção e ocupam toda parte externa do prédio e até quebraram as portas de vidro na entrada do local.
Imprensa nacional informou que alguns manifestantes já ocupam também o salão verde do Congresso e reclamam que evidentemente o contingente de segurança é muito menor que o de manifestantes de direita.
Os policiais militares tentaram conter a multidão com armas não letais e usam, inclusive, a cavalaria. No entanto, eles usaram cabos de bandeiras e outros instrumentos para atacar os PMs e entrar no Congresso Nacional. Imagens do local mostram que um veículo da Força Nacional caiu no espelho d'água do monumento.
Mais cedo, o ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou ter conversado com governadores sobre os atos antidemocráticos que acontecem pelo país e disse esperar que a polícia não precisasse agir para conter atos violentos desses grupos.
Só hoje, o ministro e o governo do Distrito federal falam em montar um plano de segurança contra a manifestação.
Eles protestam contra a eleição do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) e as forças de segurança haviam isolado a área, mas os manifestantes só poderiam ir até a região da bandeiras em frente ao Congresso. Entretanto, os manifestantes romperam a barreira.
Lula está em Araraquara, verificando estragos feitos pela chuva. Nas redes sociais, informou que lá vai conversar com o prefeito Edinho Silva "sobre o trabalho da defesa civil e o apoio que precisarão para reconstruir parte da infraestrutura da cidade".
A invasão ocorreu apesar da autorização do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, ontem, de uso da Força Nacional de Segurança Pública para atuar na capital federal. A corporação estava a postos em trecho entre a Rodoviária do Plano Piloto e a Praça dos Três Poderes, mas mesmo assim, houve o rompimento da barreira.
A autorização foi assinada ontem e está prevista na Portaria 272/2023 para garantir a ordem pública e os patrimônios públicos e privados, “em caráter episódico e planejado, nos dias 7, 8 e 9 deste mês de janeiro”, em meio à chegada de alguns ônibus com manifestantes contrários ao resultado das eleições. O grupo está concentrado em frente ao Quartel General (QG) do Exército, no Setor Militar Urbano de Brasília.
No dia 12 de dezembro, manifestantes bolsonaristas tentaram invadir a sede da Polícia Federal em Brasília após a prisão do indígena José Acácio Serere Xavante. Na ocasião, os manifestantes colocaram fogo em carros e ônibus, causando “distúrbios civis, do trânsito e incêndios”, conforme dito pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federa