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Política

Após almoço para acordo entre MDB e PSDB, tucanos se reúnem com governador

Azambuja, De Paula e Caravina passaram mais de 2 horas na Governadoria e estiveram com Riedel

Anahi Zurutuza e Thays Scnheider | 15/05/2023 19:56
Eduardo Riedel e Reinaldo Azambuja (Foto: Juliano Almeida)
Eduardo Riedel e Reinaldo Azambuja (Foto: Juliano Almeida)

Após almoço promovido pelo casal emedebista, a ministra Simone Tebet (MDB) e o chefe da Casa Civil, Eduardo Rocha, o café da tarde de parte da cúpula tucana foi na Governadoria. O ex-governador presidente do PSDB, Reinaldo Azambuja, o ex-presidente da sigla e secretário-executivo do Governo em Brasília (DF), Sérgio de Paula, e o secretário estadual de Governo, Pedro Arlei Caravina, se reuniram com o chefe do Executivo, Eduardo Riedel.

Eduardo Rocha (MDB) também participou da reunião de “digestão” dos assuntos tratados no início da tarde, durante as 2 horas em que líderes do MDB e do PSDB reuniram-se na casa da ministra.

Na Governadoria, a reunião durou mais. A cúpula chegou por volta das 17h. O primeiro a sair, por volta das 18h40, Sérgio de Paula, um dos principais articuladores políticos do PSDB, deu "tchau" de longe e correu para evitar o contato com a reportagem.

Sérgio de Paula, um dos principais articuladores do PSDB, deixando a Governadoria. (Foto: Juliano Almeida)
Sérgio de Paula, um dos principais articuladores do PSDB, deixando a Governadoria. (Foto: Juliano Almeida)

Já o chefe da Casa Civil desconversou, dizendo que a reunião na sede do poder em Mato Grosso do Sul foi apenas para tratar de assuntos administrativos. Caravina também estava de saída quando viu a equipe de reportagem e voltou para o interior do prédio.

De saída, ao lado de Reinaldo Azambuja, Riedel admitiu que os correligionários estavam por lá para a "sobremesa". "Ex-governador Reinaldo estava aqui passando as impressões em relação ao que houve [no almoço dos os emedebistas]. Depois, fui trabalhar e eles continuaram a conversa".

Diferente das lideranças do MDB que dão como certa a parceria, o governador afirma que ainda é cedo para bater o martelo. "Presenciei no almoço a discussão, mas foi uma conversa superficial. Nada de avanço nesse diálogo. Não tem nada de nomes, por enquanto".

Mais cedo, antes do almoço, Azambuja já havia falado ao Campo Grande News do esforço para que MDB e PSDB façam as pazes. Segundo Reinaldo, não há exclusividade para nenhum partido e que respeitarão divergências. Vamos tentar construir também o entendimento na Capital, mas temos de respeitar as lideranças. Isso se faz como estamos fazendo aqui, discutindo pontos comuns e também divergentes. “Estamos bem alinhados”.

Ele lembrou que em 2014, depois 2018 e depois 2022, houve distanciamento, mas “nada que impossibilite voltar a caminhar daqui para frente".

O MDB - Na saída do apartamento de Simone Tebet e Eduardo Rocha, o ex-governador André Puccinelli, hoje presidente de honra do MDB, afirmou que “tudo caminha” para que emedebistas e tucanos se unam nas próximas eleições, com objetivo de fazer o maior número possível de prefeitos.

Puccinelli negou que tenha colocado como exigência a participação da advogada Denise Puccinelli, sua filha, como vice em uma possível chapa encabeçada pelo deputado federal Beto Pereira (PSDB), que é pré-candidato a prefeito de Campo Grande. Negou também a tentativa de emplacar o filho, o advogado André Puccinelli Júnior, em vaga de conselheiro do TCE/MS (Tribunal de Contas do Estado).

A proposta feita no encontro de caciques dos partidos, que já tiveram parceria sólida no passado, é de mapear Mato Grosso do Sul para que depois o Estado seja “loteado” entre as duas siglas. Nesta tarde, o ex-senador Waldemir Moka, que deve substituir o deputado Junior Mochi na presidência estadual do MDB em agosto, também confirmou ao Campo Grande News que alianças entre as legendas para lançar candidaturas serão feitas “onde for possível”.

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