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Política

Após “indiferença” do MDB, Harfouche registra chapa pura ao Senado

Procurador de Justiça retorna ao plano original para as eleições após entendimentos tumultuados com o MDB não avançarem

Humberto Marques e Anahi Gurgel | 15/08/2018 17:34
"Sem mágoa", Harfouche reconhece dificuldades em projeto do PSC, mas confia em "clamor" de mudança do eleitor. (Foto: Paulo Francis)
"Sem mágoa", Harfouche reconhece dificuldades em projeto do PSC, mas confia em "clamor" de mudança do eleitor. (Foto: Paulo Francis)

O procurador de Justiça Sérgio Harfouche registrou na tarde desta quarta-feira (15) sua candidatura ao Senado em chapa pura do PSC. Ele entregou pessoalmente a documentação ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) e declarou não haver “qualquer possibilidade de fazer parte de alguma coligação, com o MDB ou qualquer outro partido”. Assim, o PSC não lançará ou apoiará candidatos na disputa ao governo estadual.

O registro da chapa de Harfouche coloca um ponto final no tumultuado processo de construção de candidaturas no MDB e coloca o procurador de volta ao seu plano original para as eleições. De nome ao Senado, ele foi alçado pelo próprio PSC para disputar o governo do Estado e, em 4 de agosto, alegando “imposição” da cúpula nacional da legenda, ocupou a vice da senadora Simone Tebet (MDB) na corrida ao governo estadual.

No domingo (12), Simone anunciou desistir da candidatura, indicando Harfouche como substituto. O procurador aguardou que o MDB referendasse a escolha, porém, viu o agora ex-aliado fechar acordo em torno do presidente da Assembleia Legislativa, Junior Mochi, como concorrente ao governo.

Apontando que a ruptura partiu do PSC, Harfouche disse ao Campo Grande que o partido deu prazo ao MDB para definir por seu nome ao governo. “Como houve indiferença, acabamos anunciando o rompimento. Depois, ainda fomos procurados para compor a chapa com ele (Mochi) a senador, mas recusamos”, declarou o candidato.

Apesar de toda a polêmica, Harfouche disse que sai do processo sem “mágoa nenhuma”. “Agora vamos caminhar somente com o partido”, disse, citando sondagens de outros candidatos a governador. “Não tem possibilidade nenhuma”, frisou.

Ao mesmo tempo, ele afirmou ter “plena consciência de que o partido está em desvantagem brutal, pois não tem tempo de TV, não tem componente na Assembleia”. O procurador disse confiar “no clamor, no que o povo quer: um nome limpo, uma chapa pura”.

Os dados do candidato ainda não estavam disponíveis no sistema do TRE até a publicação desta reportagem. Harfouche estava acompanhado dos suplentes Edson da Silva Almeida e Mackson da Silva Vianna, bem como pelo candidato a deputado estadual Antônio Aramoni.

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