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Política

Audiência debate hoje situação de cemitérios na Capital

Kleber Clajus | 16/07/2014 13:21
De responsabilidade do Poder Público, existem três cemitério na Capital que apresentam falta de vagas (Foto: Marcos Ermínio)
De responsabilidade do Poder Público, existem três cemitério na Capital que apresentam falta de vagas (Foto: Marcos Ermínio)

A Câmara Municipal de Campo Grande promove, a partir das 14h desta quarta-feira (16), audiência pública para tratar da situação de serviços funerários e cemitérios públicos. O setor enfrenta problemas com violação de sepulturas, falta de vagas e ausência da implantação de crematório municipal.

Para o presidente da Comissão Permanente de Meio Ambiente, vereador Eduardo Romero (PT do B), é preciso se encontrar uma solução para as demandas da sociedade e dos empresários que buscam ampliar a concessão do serviço e retirar exigência de manta que contém necrochorume produzido pela decomposição dos corpos.

“Estamos falando de uma questão de saúde pública, meio ambiente e de um grande impacto nas condições de vida da população. É hora de pensarmos em soluções mais inteligentes para estes problemas, que tragam contrapartidas sociais, como a verticalização e a cremação, já proposta por nós”, comenta o vereador.

Raio-X - De responsabilidade do Poder Público, existem três cemitério na Capital. O mais antigo, fundado em 1936, é o Santo Antônio, com cerca de 6,5 mil túmulos. Lá, conforme a assessoria de imprensa do vereador, não existe mais sepultamento, apenas se a família, dona de um jazigo, tiver um espaço vago.

Fundado em 1961, o Cemitério Santo Amaro tem 223 quadras, com cerca de 160 covas e capacidade de sepultamento para 35.680 corpos. No local, ainda segundo a assessoria de Romero, também não há mais vagas. Só abre espaço de cinco em cinco anos, quando é feita a exumação de entes de famílias inadimplentes ou de indigentes.

O Cemitério Cruzeiro, fundado em 1967, tem 167 quadras, com 97 covas, 16.199 túmulos e é outro que está lotado. “Estão todos lotados, por isso, a prefeitura vem acelerando o processo de exumações para tentar atender a demanda”, disse o coordenador do Formads (Fórum de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Mato Grosso do Sul), Haroldo Borralho.

Sem espaço nos cemitérios públicos, o presidente da Associação das Empresas de Pax e Funerárias de MS, Ilmo Cândido de Oliveira, contou que a saída dos campo-grandenses é enterrar nos sete espaços privados. “A situação só não é pior porque cemitérios tem feito sepultamento de associados”, frisou.

Neste caso, além de pagar entre R$ 1,5 mil a R$ 10 mil pelo sepultamento, é necessário bancar taxa de manutenção perpétua, que varia de R$ 45 a R$ 100 por jazigo. Em média, em cada jazigo, cabem três corpos.

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