Ayache deixa PSB, descarta candidatura e diz que foco é a Cassems
Presidente de empresa ficou em segundo lugar na disputa pelo Senado em 2014; ele alegou questões pessoais e foco em ações da Cassems neste ano para descartar participação no processo eleitoral
Apontado como nome certo nas urnas neste ano em Mato Grosso do Sul, o presidente da Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores de Mato Grosso do Sul), Ricardo Ayache, anunciou nesta segunda-feira (2) sua desfiliação do PSB, do qual era vice-presidente regional, e a desistência de uma candidatura nas eleições de outubro. A decisão, segundo ele, foi tomada há algumas semanas, e oficializada há poucos dias do prazo final para filiação partidária de interessadas em concorrer a um mandato eletivo neste ano.
A decisão de Ayache foi anunciada em seu perfil na rede social Facebook, em postagem na qual ressaltou a disposição em concentrar esforços nos projetos da Cassems para este ano. Ao Campo Grande News, ele ressaltou que a posição foi tomada depois de conversas com seu grupo político, alicerçada em “questões pessoais e da gestão da Cassems”.
“Não se pode ser negligente com aquilo com o que se tem compromisso já assumido. Então, depois de muita reflexão e vários cenários avaliados, tomei essa decisão centrada na gestão da Cassems e no compromisso com a saúde dos servidores”, afirmou Ayache. A desfiliação do PSB já foi comunicada à direção da legenda e ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral).
Ricardo Ayache disputou sua primeira eleição em 2014, concorrendo ao Senado pelo PT, partido ao qual foi filiado por 14 anos. Ele ficou em segundo lugar, com 23% dos votos –Simone Tebet (MDB) foi eleita com 52% dos votos. No ano seguinte, anunciou o ingresso no PSB, com a perspectiva de disputar a Prefeitura da Capital –o que não se concretizou. Neste ano, chegou a ter o nome vinculado a diferentes projetos, desde vaga na Câmara dos Deputados, pré-candidatura a senador, vice ou mesmo governador.
Cassems – O presidente da Cassems reforçou ter dialogado com seu grupo político e lideranças de partidos que esperavam contar, pelo menos, com seu apoio no processo. “Levou tempo para tomar a decisão. Também por conta disso desacelerei a participação na discussão política em si, centrando-me na Cassems”. Ele negou que a desfiliação do PSB seja resultado dos movimentos recentes no partido, que incluíram a filiação do deputado federal Elizeu Dionízio. “A decisão foi tomada antes da vinda do Elizeu”, garantiu.
Ayache afirma que seu foco está na gestão da Cassems, onde tem mandato até 2019. “A instituição cresceu muito nesses anos, enquanto estive à frente da presidência, triplicando seu tamanho. Estamos trabalhando em torno de toda uma reorganização da empresa, até para a adaptar a esse crescimento”, explicou. “Hoje a Cassems já é uma das maiores empresas do país [no segmento]”.
O presidente da Cassems destacou, ainda, que a empresa passará por um processo de reavaliação de estratégias, a ser guiado com uma equipe da FGV (Fundação Getúlio Vargas), que deve demandar toda a sua atenção. Por esse motivo, até mesmo o referendo de apoio a alguma candidatura colocada neste ano foi colocado em seguindo plano.