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Política

Azambuja defende neutralidade tucana no 2º turno de Campo Grande

Ex-governador e presidente estadual do PSDB, Reinaldo afirma que a decisão será do Diretório Municipal

Por Fernanda Palheta | 08/10/2024 12:39
Ex-governador de Mato Grosso do Sul e presidente estadual do PSDB, Reinaldo Azambuja, duarante a eleição municipal de 2024 (Foto: Marcos Maluf)
Ex-governador de Mato Grosso do Sul e presidente estadual do PSDB, Reinaldo Azambuja, duarante a eleição municipal de 2024 (Foto: Marcos Maluf)

O ex-governador de Mato Grosso do Sul e presidente estadual do PSDB, Reinaldo Azambuja, defende a neutralidade do partido tucano no segundo turno das eleições municipais de 2024 em Campo Grande. Mas quem vai bater o martelo sobre o rumo da legenda será o Diretório Municipal do PSDB, liderado pelo deputado federal Beto Pereira, que disputou a vaga e terminou a corrida eleitoral com 115.516 votos, o que representa 25,96% do eleitorado campo-grandense.

Na tarde desta terça-feira (8), o posicionamento tucano será discutido em reunião da executiva e na sequência, no final da tarde, a decisão final será anunciada por Beto. “Vou fazer o caminhamento, mas quem tem que decidir é o diretório municipal. O diretório estadual cuida do Estado. É aqui em Campo Grande estão os candidatos que disputaram a eleição e foram eleitos ou não, mas que se envolveram na disputa”, explicou.

Ao Campo Grande News, Azambuja relata que desde o fechamento das urnas, na noite do último domingo (6), já foi procurado pelas adversárias e conversou com a prefeita e candidata a reeleição, Adriane Lopes (PP), a senadora Tereza Cristina (PP) e a ex-superintendente da Sudeco (Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste) e candidata a prefeita, Rose Modesto (União Brasil). Mas justifica a decisão de neutralidade.

“Eu acho que a população escolheu entre dois projetos, que não foi o nosso. Fizemos uma campanha criticando a gestão, o inchaço da folha. Criticamos os dois projetos. Se a população entende que gente não foi a melhor escolha, entendo que o partido mantenha a coerência. Por isso vou defender que a gente fique neutro”, disse.

Um dia depois da votação, Adriane e Tereza Cristina se reuniram com governador Eduardo Riedel (PSDB) no receptivo do Parque Estadual do Prosa para pedir seu apoio. Questionado se a conversa prosperou e chegou ao partido, Azambuja afirmou que ainda não tem o posicionamento de Riedel, mas se a “tese de liberdade” prosperar é possível que lideranças tucanas entrem na campanha.

Os tucanos dizem que uma aliança com Adriane Lopes seria mais "natural". A prefeita apoiou a eleição do governador Eduardo Riedel e mantém parceria com a administração estadual, que tem investido milhões em obras na Capital.

À reportagem, Adriane relembra do pleito de 2022. “Acho justo. Na eleição para governador estivemos com ele, a senadora esteve em todo tempo e eu desde o segundo turno. Agora estou no aguardo do posicionamento dele”, apontou.

Nos bastidores, o deputado federal Beto Pereira comenta que não apoiará nenhuma das duas candidatas e deve seguir o posicionamento de Azambuja. O tucano tem usado a palavra “independente” já que ele foi duro nas críticas à atual gestão, lembrando, agora, que não teria como justificar uma aproximação com a prefeita que tem uma gestão combatida por ele. Com Rose Modesto, cita que travou uma "batalha dura" e que não teria como mudar da "água para o vinho" de um dia para o outro.

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