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Política

Azambuja e Bolsonaro discutem ida de cúpula do PSDB em MS ao PL

Reunião também teve como tema possível apoio de Bolsonaro à reeleição de Eduardo Riedel

Por Lucas Mamédio e Fernanda Palheta | 11/12/2024 15:04
Senador Rogério Marinho (PL-RN), ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ex-governador Reinaldo Azambuja (Foto: Reprodulção)
Senador Rogério Marinho (PL-RN), ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ex-governador Reinaldo Azambuja (Foto: Reprodulção)

A foto postada pelo ex-governador de Mato Grosso do Sul e presidente estadual do PSDB, Reinaldo Azambuja (PSDB) com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi tirada nessa terça-feira (10), em Brasília. O encontro, realizado a portas fechadas, também contou com a presença do senador Rogério Marinho (PL-RN), e teve como pauta principal a articulação política que pode levar lideranças tucanas, incluindo Azambuja e o governador sul-mato-grossense Eduardo Riedel P(SDB), ao Partido Liberal.

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Em Brasília, Reinaldo Azambuja (PSDB-MS) reuniu-se com Jair Bolsonaro (PL) e Rogério Marinho (PL-RN) para discutir a possível migração do PSDB, incluindo Azambuja e o governador Eduardo Riedel, para o PL. Embora a decisão final seja adiada para o ano que vem, a reunião abordou o apoio de Bolsonaro à reeleição de Riedel em 2026 e a possível candidatura de Azambuja ao Senado, além de estratégias para fortalecer o PSDB em meio à sua crise nacional. Apesar do sucesso regional do partido em Mato Grosso do Sul, a necessidade de fusões ou federações para garantir sua sobrevivência política é considerada.

Azambuja, que participou da reunião sem a companhia de Riedel, destacou que a decisão sobre uma possível migração partidária ainda não foi tomada. “O convite existe, mas a tomada de decisão vai ser feita ano que vem, depois de olhar o mapa do todo de como vai estar o cenário macro”, afirmou o ex-governador.

Apesar do sucesso regional do PSDB em Mato Grosso do Sul – onde o partido elegeu 44 prefeitos em 79 municípios, consolidando-se como uma das últimas fortalezas tucanas no Brasil –, a legenda enfrenta uma crise nacional severa. Lideranças importantes deixaram o partido nos últimos anos, forçando reflexões sobre fusões ou federações partidárias. Azambuja já havia sinalizado anteriormente que o PSDB precisa se unir a outros partidos para sobreviver politicamente.

Além da articulação partidária, o encontro também abordou a possível candidatura de Eduardo Riedel à reeleição em 2026. Segundo Azambuja, Bolsonaro demonstrou apoio ao projeto. “Bolsonaro é simpático ao projeto de reeleição do Riedel”, revelou.

Questionado sobre a possibilidade de o PL indicar um nome para a vice na chapa de Riedel, Azambuja minimizou a questão, reforçando que as negociações partidárias podem influenciar essa decisão. “Dependendo da aglutinação do partido, não precisa nem da indicação do vice”, afirmou, sinalizando que tanto ele quanto Riedel consideram a mudança para o PL.

Outro ponto debatido foi a possível candidatura de Azambuja ao Senado em 2026. O ex-governador manteve uma postura cautelosa, preferindo deixar a decisão para o futuro. “Meu nome está à disposição, mas só vou tomar a decisão em 2026”, afirmou.

Embora o PSDB tenha mantido força em Mato Grosso do Sul, a realidade nacional é preocupante. A sigla, que já figurou como protagonista em disputas presidenciais, agora lida com um encolhimento expressivo. A saída de lideranças e a necessidade de reformulação estratégica indicam que a aliança com o PL pode ser um caminho natural para manter relevância no cenário político.

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