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Política

Bancada federal de MS já defende renúncia de Temer e eleições diretas

Deputados alegam que esta seria a melhor saída

Leonardo Rocha | 18/05/2017 09:16
Luiz Henrique Mandetta diz que renúncia de Temer precisa ser imediata (Foto: Agência Câmara)
Luiz Henrique Mandetta diz que renúncia de Temer precisa ser imediata (Foto: Agência Câmara)

Os deputados da bancada federal de Mato Grosso do Sul já defendem publicamente a renúncia do presidente Michel Temer (PMDB) e até mudança na Constituição Federal, para que sejam feitas eleições diretas a todo Congresso. Eles alegam que o atual governo já tem não condições de seguir em frente.

"O primeiro ato esperado para o (Michel) Temer é a renúncia, pois seria a forma menos traumática para o País, que não vai aguentar um novo processo de impeachment, com duração superior a quatro meses, seria algo sensato a se fazer", disse o deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM), que faz parte da base aliada do Governo.

O democrata alega que a vontade geral é que haja eleições diretas, mas que para isto precisa ser feito uma mudança na Constituição Federal. "Tem que propor uma emenda e para isto precisa ser rápido, pois com todas estas denúncias, o Brasil parou".

Geraldo Resende diz que presidente já não tem condições de governar (Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados)
Geraldo Resende diz que presidente já não tem condições de governar (Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados)

Para o deputado Geraldo Resende (PSDB), que também faz parte da base, a situação é muito grave, e que o único desfecho é a renúncia. "Não há mais condições do presidente governar, se precisar mudar a Constituição, então a intenção é fazer eleições diretas para todo o Congresso, mesmo que o previsto no momento é a indireta".

Dagoberto Nogueira (PDT), que faz parte da oposição, ressaltou que a renúncia de Temer, seria um "ato de grandeza", após segundo ele, ter gerado "prejuízos enormes" ao País. "Não foi apenas estes casos de corrupção, também teve ações que prejudicaram o Brasil, como privatização do pré-sal e dos sete aeroportos que davam lucro, além das reformas".

O pedetista alega que as "eleições diretas" seria a melhor opção, mas que se for feita a indireta, que seja escolhido alguém com credibilidade para "tocar o País", até o final de 2018. Para Zeca do PT é necessário esperar a apresentação das provas e depois com comprovação e processo, pedir o afastamento de Temer. "Desta forma, o País aceitaria apenas as eleições diretas".

O deputado Vander Loubet (PT) também já se pronunciou a favor da renúncia do atual presidente e pelas eleições diretas, seguindo a posição que o PT deve adotar daqui para frente.

Cautela - Já Carlos Marun (PMDB) lamenta que o episódio atrapalhe o crescimento do Brasil, que estava superando a crise passada. "É uma pena, estou muito triste com tudo isso". Ele disse que é preciso primeiro, antes de qualquer avaliação, ter acesso ao áudio em que o presidente foi gravado.

"Temos que ver porque ele não fala em corrupção, fala em anuência a um processo no qual ele ajudaria. Estava ajudando o ex-deputado Eduardo Cunha e sua família". Marun ainda desclassificou a delação premiada de Joesley Batista, presidente da JBS.

Delação - O presidente Michel Temer (PMDB) foi flagrado em uma gravação feita pelos irmãos Joesley e Wesley Batista autorizando o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) a intermediar a resolução de um assunto relativo a holding J&F. O parlamentar foi filmado pela PF (Polícia Federal) recebendo propina de R$ 500 mil.

Na deleção premiada dos irmãos Batista, eles ainda contam que disseram para Temer que estavam pagando uma mesada para ex-deputado federal, cassado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e ao operador Lúcio Funaro para permanecerem calados na prisão. A situação foi incentivada por Temer, que afirmou o pagamento deveria ser mantido.

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