Bancada segue dividida e com indecisos sobre denúncia contra Temer
A bancada federal de Mato Grosso do Sul segue dividida e com alguns deputados indecisos, em relação a nova denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), que vai ser votada em plenário, na próxima quarta-feira (18). Os parlamentares terão que decidir se a investigação prossegue ou será rejeitada.
No grupo dos parlamentares que irão votar a favor da investigação contra o presidente, aparecem os três integrantes da oposição - Vander Loubet (PT), Zeca do PT e Dagoberto Nogueira (PDT) - além de Luiz Henrique Mandetta (DEM), que já tinha se posicionado pela apuração dos fatos, na primeira denúncia, que foi rejeitada.
Dagoberto alega que o afastamento de Temer, poderia diminuir a crise política no Brasil, mas que pelo cenário em Brasília, isto só ocorreria em função de mobilização popular. "Convoco todos sul-mato-grossenses a acompanharem e pressionarem seus representantes a votarem contra Temer. Chegou a hora de viramos essa página nefasta da história brasileira".
Já Carlos Marun (PMDB), aliado do presidente, foi o único a antecipar o voto contrário a denúncia, dizendo que seu conteúdo é fraco e não apresenta provas contra Michel Temer. Ele também alega que a base alidada está forte e deve rejeitar a denúncia feita pelo ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Indecisos - O deputado Geraldo Resende (PSDB), que votou contra a primeira denúncia sobre Temer, disse que já definiu o voto, mas que só vai relevar e dar as devidas explicações após a votação. "Já tenho minha opinião firmada, mas não vou antecipar, quando chegar a hora todos vão saber".
Elizeu Dionísio (PSDB) e Tereza Cristina (PSB) também votaram pela rejeição da denúncia, na primeira vez, mas até o momento não se manifestaram se vão manter esta decisão, na próxima quarta-feira. O Campo Grande News entrou em contato com eles, mas até o fechamento da reportagem, não obteve retorno.
Denúncia - Os deputados irão avaliar se aceitam a denúncia contra o presidente, pelas práticas de organização criminosa e obstrução da Justiça. São necessário 342 votos dos deputados, dos 503, para que a investigação tenha prosseguimento.