Base de Bernal aposta ter no mínimo 12 votos para barrar processo
A tropa de choque do prefeito Alcides Bernal (PP) acredita que tem votos mais do que suficientes para garantir a rejeição dos pedidos de abertura de Comissão Processante na sessão de amanhã (15) da Câmara de Campo Grande. “No mínimo, vamos ter 12 votos”, prognosticou o líder do prefeito na Câmara, Marcos Alex (PT).
Para a aprovação de processo contra o prefeito a Câmara precisa do voto favorável de dois terços, ou seja 20 dos 29 vereadores. A bancada fiel ao prefeito Alcides Bernal sempre teve em torno de 10 vereadores, número que por si só já impediria a instalação a Comissão Processante, que poderia opinar pela cassação do prefeito.
Embora Alex do PT, como é mais conhecido, evite falar em nomes, a expectativa da tropa de choque de Bernal é que tenha pelo menos os votos dos vereadores Derly dos Reis, o Cazuza (PP), Waldecy Chocolate (PP), Luiza Ribeiro (PPS), Jamal Salem (PR), Ademar Vieira Júnior, o Coringa (PSD), João Rocha (PSDB), Ayrton Araújo (PT), Zeca do PT, Marcos Alex (PT), Edson Schimabukuru (PTB), Paulo Pedra (PDT) e Carlos Augusto, o Carlão (PSB).
Para Alex do PT, se estabeleceu “uma linha de disputa política” quanto a problemas que poderiam ser facilmente corrigidos, sem necessidade de instauração de Comissão Processante. “Não existe dolo, ofensa. Bastaria correção de rumo, anulação de contrato ou de licitação”, afirmou o petista. “A Câmara erra ao fazer isso”, acrescentou.
Entende que até mesmo a CPI da Inadimplência descartou a Comissão Processante justamente porque não há motivos que pudessem levar à cassação do prefeito. “Se os vereadores da CPI não votaram, nós é que vamos ter que votar?”, indagou o líder do prefeito. “E a base dos pedidos de Comissão Processante é 100% em cima do relatório da CPI”, disse.
A vereadora Carla Stephanini, que é presidente do Diretório do PMDB de Campo Grande, admite que vai ser difícil conseguir dois terços dos votos da Câmara para a instalação da Comissão Processante contra o prefeito Alcides Bernal. Considera, porém, que o espírito público vai prevalecer. “Nossos pares sabem da responsabilidade de sermos vigilantes, do zelo pelo interesse público. Com essa responsabilidade, assumiremos nosso voto”, declarou a peemedebista.
Quanto à bancada do PMDB, integrada por cinco vereadores, conforme Carla, não há duvida de votação unânime pela abertura do processo. “A bancada é pela Comissão Processante para que sejam apurado tudo o que foi levantado pela CPI”, informou. Questionada sobre um placar para a votação de amanhã, preferiu não fazer previsão.