Bolsonaro quer menos ‘Terezas’ e mais ‘Giannis’ no Senado em 2026
Mirando em um Congresso de direita, ex-presidente traça estratégia para ter nomes de confiança para apoiar
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aprendeu a lição da política durante os últimos anos de ostracismo. Assistindo de camarote os antigos aliados se viabilizando no poder de forma independente, o líder da extrema-direita no país quer "investir" em lealdade para as eleições do ano que vem.
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) planeja investir em lealdade nas eleições de 2026, visando uma maioria no Senado Federal. Em Mato Grosso do Sul, ele aposta na vice-prefeita de Dourados, Gianni Nogueira (PL), em vez de seguir os conselhos da senadora Tereza Cristina (PP). Bolsonaro expressou que Tereza Cristina ‘não chegaria onde chegou sozinha’. Rodolfo Nogueira, deputado federal e marido de Gianni, enfatizou o apoio de Bolsonaro a Gianni e a necessidade de pacificar a direita no estado. Gianni reforçou seu alinhamento com Bolsonaro desde 2014. A meta é eleger até 40 senadores de direita para equilibrar os poderes e contrapor decretos judiciais. Tereza Cristina, por meio de sua assessoria, informou que não disputará as eleições de 2026, portanto, o apoio de Bolsonaro não será relevante para ela.
Focado em ter uma maioria no Senado Federal, Bolsonaro tem feito articulações para viabilizar o máximo de nomes eleitos em todos os estados. Em Mato Grosso do Sul, o ex-presidente tem apostado na vice-prefeita de Dourados, Gianni Nogueira (PL) para a vaga. Deixando de lado os conselhos da ex-ministra da Agricultura, a senadora Tereza Cristina (PP).
A senadora é uma das ex-aliadas que Bolsonaro tem mandado recado indiretamente nas entrevistas. Ele afirmou recentemente que a sul-mato-grossense "não chegaria onde chegou sozinha".
Na semana passada, o ex-presidente recebeu Gianni em Brasília (DF). Ao lado do marido, deputado federal Rodolfo Nogueira, o Gordinho do Bolsonaro (PL), eles conversaram sobre a construção que deve ser feita no Estado.
“É muito cedo ainda, mas o presidente tem feito demonstração de apoio ao nome da Gianni. A orientação é pacificar a direita em Mato Grosso do Sul, trazer um entendimento que as vaidades dentro do partido têm que ser deixadas de lado e realmente pensar em Brasil, como um projeto nacional, para chegar em 2026 com a direita fortalecida em todo o país. Mas que fique bem claro, a escolha para o nome em Mato Grosso do Sul é do Bolsonaro. E o nome que ele escolher, nós vamos acompanhar a decisão”, afirmou Rodolfo.
O parlamentar fez questão de acrescentar que não há desentendimento entre Bolsonaro e Tereza. "A senadora Tereza é uma grande amiga do presidente e uma excelente referência. Não existe essa situação que a imprensa está colocando entre eles", enalteceu.
Gianni ressaltou que ela e esposo caminham com ex-presidente desde 2014. “Tenho o presidente Bolsonaro como meu líder político, a quem respeito e honro. O Brasil se encontra em um momento difícil e mais do que nunca é necessário cuidado nas próximas eleições, pois temos a chance de virar a chave em nossa nação. Confio plenamente no projeto do presidente Bolsonaro para o Brasil e estou à disposição para lutarmos pelo que acreditamos”, acrescentou.
A meta é lançar dois nomes de peso para a chapa majoritária nos estados tradicionais de direita e conservadores, podendo atingir até 40 senadores eleitos. “Com maioria, o Senado poderá trazer de novo o equilíbrio dos poderes. O presidente passou quatro anos lutando contra os decretos judiciais e não tinha apoio dos senadores. Hoje as leis são afetadas pelo Supremo Tribunal Federal”, endossou Rodolfo.
A reportagem procurou a senadora Tereza Cristina para comentar o assunto. Por meio da assessoria de imprensa fomos informados que a parlamentar estava em trânsito, mas que por questões lógicas, Tereza não disputará 2026 e por isso o apoio de Bolsonaro não estará em questão nas próximas eleições.
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