Campo Grande reúne 10 mil pessoas em manifestação contra Dilma, diz PM
Protesto teve apoio de diversas entidades como a Maçonaria e grupos
A Polícia Militar diz que pelo menos dez mil pessoas participam do protesto pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). O abre alas conta com 300 motoqueiros e dois trios elétricos. A manifestação na Capital também contou com pessoas de outras cidades.
“Tem cerca de 10 mil pessoas”, afirmou o Coronel Ovelar da Polícia Militar, que comenda o policiamento no local. A previsão da organização era de 30 mil pessoas. Conforme planejado, o protesto vai seguir pela Avenida Afonso Pena até a Cidade do Natal.
No microfone, os organizadores falam da participação de manifestantes de São Gabriel do Oeste, Deodápolis, Amambaí, Ribas do Rio Pardo, Corumbá e Ladário no protesto da Capital. Em alguns destes municípios, também foi organizado o protesto.
Conforme vão andando pela avenida, os protestantes gritam “Fora Dilma” e “O povo unido jamais será vencido”. A maioria mostra o desejo pelo impeachment da petista, outros querem a prisão do ex-presidente Lula e alguns defendem a intervenção militar.
O representante comercial Geraldo Ferreira, de 53 anos, afirmou que quer mudança com ou sem a Dilma no poder. “O objetivo não é o impeachment, mas qualquer coisa que mude vai ser menos pior. O problema é a corrupção o caso da Petrobras foi o ápice”, disse.
O engenheiro agrônomo, Vinícius Machado, 35, foi com grupo 12 pessoas de motos, também grita por mudança. “A situação do Brasil não está fácil, muita corrupção e o povo não aguenta mais. Qualquer coisa seria melhor”, defendeu.
Na avaliação do engenheiro Glauco Ferreira, 37, o impeachment vai funcionar por causa do amadurecimento da população. “Só vai funcionar porque o povo está diferente, lutando mais. O próprio manifesto não é só para pedir impeachment da Dilma, mas para alertar o povo que tirando a Dilma do poder, as investigações vão andar porque ela trava”, ressaltou.
O protesto em Campo Grande é organizado pelo grupo “Chega de Impostos” e “Pátria Livre”. Mas conta com apoio de entidades como Maçonaria, Clube dos Motoqueiros, Clube do Laço.
Apesar de não atingir a expectativa de público, o número oficial é maior que o protesto realizado na sexta-feira (13) por entidades apoiadas pelo PT, além do próprio partido. Duas mil pessoas protestaram, dois dias atrás, em defesa da presidente e da Petrobras. Também pediram a revogação das medidas 664 e 665 que, na avaliação deles, tiraram direitos dos trabalhadores.