Candidatos a prefeito recorrem ao próprio bolso para bancar campanha
Dos três candidatos que informaram entrada de dinheiro à Justiça Eleitoral, só Geraldo Resende recebeu ajuda do partido
Três semanas após o início da campanha eleitoral, dois dos cinco candidatos a prefeito de Dourados ainda não informaram receitas e despesas à Justiça Eleitoral. Em uma eleição em que a doação de pessoas jurídicas é proibida, os outros três que já mandaram comprovantes tiveram de recorrer ao próprio bolso para bancar as despesas.
A candidata do PR Délia Razuk informou até agora receitas de R$ 136,9 mil, sendo R$ 100 mil de recursos próprios e R$ 36,9 mil de doações. As maiores doadoras da campanha da republicana até agora são Alessandra Takashi Fuziy, que doou R$ 20 mil, e a filha, Flávia Godoy Razuk, que contribuiu com a campanha da mãe com R$ 10 mil.
Assim como todos os demais candidatos, Délia informou que pretende gastar até R$ 1.277.016,95, que é o limite para os postulantes ao cargo de prefeito em Dourados. Entretanto, até agora prestou conta de apenas R$ 69,60 de despesas.
Geraldo Resende – O candidato do PSDB informou até agora receitas somadas de R$ 270 mil, sendo R$ 200 mil de doação do fundo partidário e R$ 70 mil em recursos próprios.
Ao contrário de Délia Razuk, Geraldo já prestou contas de gastos bem maiores – R$ 25,1mil em despesas contratadas, sendo R$ 25 mil para produção de programas de rádio e televisão em uma produtora da cidade e R$ 168 em encargos financeiros e taxas bancárias.
Único doador – O candidato do PMDB à prefeitura de Dourados, deputado estadual Renato Câmara, é, até agora, o único doador de sua campanha eleitoral. Pelo menos essa é a informação que consta no sistema de divulgação de candidaturas e contas eleitorais do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Com patrimônio declarado de R$ 841,2 mil, o ex-prefeito de Ivinhema fez uma doação de R$ 100 mil para a própria campanha eleitoral e até agora declarou apenas uma despesa de R$ 30, para criação e inclusão de página na internet.
Os candidatos a prefeito do PP Wanderlei Carneiro e do Psol, Ênio Ribeiro, ainda não informaram receitas e nem despesas à Justiça Eleitoral.