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Política

Capital adere ao ato contra a crise e servidores terão "feriadão" inédito

Edivaldo Bitencourt | 05/08/2015 14:20
Prefeitura ficará de portas fechadas na segunda-feira em protesto contra a crise (Foto: Vanessa Tamires)
Prefeitura ficará de portas fechadas na segunda-feira em protesto contra a crise (Foto: Vanessa Tamires)
Prefeito decretou ponto facultativo na segunda-feira (Foto: Marcos Ermínio)
Prefeito decretou ponto facultativo na segunda-feira (Foto: Marcos Ermínio)

Pela primeira vez na história, a Prefeitura Municipal de Campo Grande vai fechar as portas e aderir ao protesto nacional dos municípios contra a crise. Nesta quarta-feira (5), o prefeito Gilmar Olarte (PP) decretou ponto facultativo na segunda-feira (10) e os servidores municipais vão ter um feriadão inédito de três dias no início do mês.

Conforme o Decreto Municipal 12.692, assinado pelo prefeito e pelo secretário municipal de Administração, Wilson do Prado, só os serviços considerados essenciais, como as três UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), Centros Regionais de Saúde e coleta de lixo, vão funcionar normalmente no dia 10 deste mês.

Para marcar o lançamento da Campanha de Conscientização da População da Crise, que terá a adesão dos 79 municípios sul-mato-grossense, Olarte decretou ponto facultativo em todas as repartições municipais. Na prática, a prefeitura fica fechada no sábado, domingo e segunda-feira.

Segundo a Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), as prefeituras passam por dificuldades financeiras por culpa do Governo federal, que reduziu os repasses do FPM (Fundo de Participação dos Municípios).

A entidade informou que o FPM foi de R$ 95,2 milhões em maio deste ano. O valor oscilou para R$ 82,8 milhões no mês de junho. A estimativa era redução de 16,9% no mês passado.

Os prefeitos prometem divulgar cartazes e faixas para marcar o dia do protesto. Eles também prometem fazer campanha para explicar à população quais as competências de cada ente federativo, como municípios, estados e União.

É a primeira vez que a prefeitura da Capital fecha as portas. Os antecessores de Olarte, como Nelsinho Trad e André Puccinelli, também apoiaram os protestos convocados pela Assomasul, mas nunca fecharam as portas dos órgãos municipais.

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