ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SEXTA  22    CAMPO GRANDE 27º

Política

Cimi critica CPI e diz que investigação é um ataque do setor ruralista

Leonardo Rocha | 22/09/2015 09:27
Cimi criticou em nota a abertura da CPI na Assembleia Legislativa (Foto: Victor Chileno/ALMS)
Cimi criticou em nota a abertura da CPI na Assembleia Legislativa (Foto: Victor Chileno/ALMS)

O Cimi (Conselho Indigenista Missionário), por meio de uma nota, criticou a criação da CPI que vai investigar se o órgão financia ou incentiva invasões no campo. Ainda diz que os deputados vão perder  tempo e que esta ação faz parte de uma estratégia de ataque do setor ruralista aos povos indígenas.

Neste documento, o Cimi acusa parte dos fazendeiros de atuar por meio de milícias armadas, apontando dez ataques paramilitares contra o povo Guarani Kaiowá, em menos de um mês. Lembra do assassinato do líder indígena, Semião Vilhalva, além de outros que foram baleados por armas de fogo.

O documento aponta ainda “fortes indícios de tortura” e outras agressões contra os indígenas. O Cimi diz também que nos últimos 12 anos, ao menos 585 indígenas cometeram suicídio e outros 390 foram assassinados no Estado. Enquanto isto, o processo de demarcação continua paralisado.

“Num estado onde ocorrem estes alarmantes casos de violências contra os povos indígenas, certamente há muito a ser investigado e denunciado. No entanto, não é o Cimi o causador desta situação. Por isso, não é investigando e tentando criminalizar o Cimi que serão encontradas soluções para esta situação”, alega no documento.

Sobre a CPI, o Conselho entende que irá abrir oportunidade para se apurar crimes pelo agronegócio contra os povos indígenas. “Como medida se faz necessário uma moratória das importações de commodites agrícolas produzidas no MS, até que as terras indígenas sejam devidamente demarcadas e devolvidas”.

A Comissão Parlamentar foi criada a pedido da deputada Mara Caseiro (PT do B), apoiada por outros dez parlamentares. O Campo Grande News não conseguiu, agora cedo, localizar, por telefone, a deputada para questiona-la sobre as acusações do Cimi.

Nos siga no Google Notícias