Após criação de CPI, falta apenas indicar os integrantes, diz Mochi
O presidente da Assembleia, o deputado Junior Mochi (PMDB) confirmou a criação da CPI contra o Cimi (Conselho Indigenista Missionário), atendendo então o requerimento da deputada Mara Caseiro (PT do B). Ele disse que agora resta apenas a indicação dos integrantes da comissão, que vai ser feita amanhã (22), pelas bancadas.
“Os critérios para que fosse instalada a CPI foram cumpridos, como o recolhimento de assinaturas, fato determinado e tempo de investigação, agora falta apenas definir os integrantes, de acordo com a representação dos partidos”, disse Mochi, durante solenidade no auditório do CREA-MS (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de MS).
O presidente explicou que havia recomendado uma alteração sobre o fato determinado. “Pedi apenas que especificasse o que seria investigado, porque temos o exemplo da CPI da Enersul, que foi suspensa pela Justiça, justamente por esta questão, a intenção é evitar a mesma situação”.
A deputada Mara Caseiro afirma que existem denúncias que o Cimi está incentivando e financiando invasões em terras no Estado, por meio dos indígenas, promovendo o conflito no campo. Ela ainda quer apurar se os recursos que o Conselho recebe de fora do país, estão sendo usados para melhorar a situação de vida dos indígenas, ou para outros interesses.
Pela composição partidária na Assembleia, o bloco de partidos tem direito a dois representantes, enquanto que PT, PSDB e PMDB indicam cada legenda um deputado. Caseiro já ressaltou que pretende ocupar a função de presidente da CPI, e vai propor esta questão aos colegas.